11 de Abril de 2025

Ciro Nogueira diz que Sidônio “está acabando” com Lula e prevê “desembarque” do PP

O senador e presidente do Partido Progressistas (PP), Ciro Nogueira (PI), disse que o novo ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) do governo, o publicitário Sidônio Palmeira, “está acabando” com o presidente Lula (PT) ao deixá-lo à vontade para falar em público.

Nogueira também disse que o seu partido deverá “desembarcar” do governo Lula. Apesar de ser oposição, o PP ocupa uma pasta no governo petista com o ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA).

As declarações foram dadas em entrevista concedida à Folha de São Paulo, nesta quinta-feira (27).

“Não queria, mas está muito próximo de termos de reunir o partido e tomar uma decisão definitiva de desembarcar. Gosto muito do ministro Fufuca, mas, se o governo não tiver uma mudança radical de rumos para o país, não tem nem como a gente, daqui a pouco, permitir que os membros do partido participem desse governo”, disse Ciro Nogueira à Folha. O senador também é ex-chefe da Casa Civil do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na opinião de Nogueira, o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-MG), também deveria ficar de fora do governo.

Nogueira ainda disse que uma eventual saída do PP da base do governo ocasionaria uma saída em massa de outros partidos. Na avaliação do senador, as siglas União Brasil, Republicanos e PSD dificilmente permaneceriam no governo.

O senador disse que está “pressionado” para tomar uma decisão sobre a permanência do PP no governo, mas não quer ser o causador de uma “insolvência”.

Nogueira é contra o impeachment de Lula

Segundo Nogueira, a tendência é de que, apesar da desaprovação crescente, a rejeição ao presidente Lula não atingirá o patamar registrado durante o governo Dilma, o que deu condição para o impeachment da petista.

“Acho que o governo tem um piso de aprovação. Porque uma coisa é tirar a Dilma [Rousseff] como a gente tirou. A Dilma tinha 7%. Lula nunca vai chegar a 7%. Então, acho que o ideal é dar governabilidade ao país para a gente fazer uma transição. Se eu fosse o presidente Lula, o mais rapidamente possível, eu anunciava que não era candidato e virava essa página”, disse.


Informações da Gazeta do Povo / Foto: Pedro França/Agência Senado

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