Lula diz que Israel faz “massacre interminável” e entidade rebate: “informações falsas”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que Israel sabota o processo de paz no conflito contra o Hamas, na Faixa de Gaza, com um “massacre interminável” de crianças, idosos, mulheres em áreas humanitárias.
A crítica ocorreu após o exército israelense mirar um grupo de terroristas na província de Khan Yunis, no Sul do território palestino, sendo um deles o líder militar Muhammed Deif, considerado o segundo mais importante integrante do grupo terrorista.
O ataque, no entanto, também acabou atingindo civis e vitimou pelo menos 71 pessoas. Outras 289 ficaram feridas, algumas em estado grave, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas.
“O governo de Israel segue sabotando o processo de paz e o cessar-fogo no Oriente Médio. O mais recente bombardeio promovido na Faixa de Gaza vitimando centenas de inocentes é inadmissível. Agora com mais de 90 vítimas fatais e quase 300 feridos em tendas que abrigavam crianças, idosos, mulheres”, disse Lula nas redes sociais neste domingo (14)
Lula considerou como “estarrecedor” que as forças israelenses “continuem punindo coletivamente o povo palestino”. A fala se tornou comum em entrevistas e discursos do presidente como se a população em geral de Gaza estivesse pagando pelos ataques terroristas de outubro do ano passado.
“Já são dezenas de milhares de mortos em seguidos ataques desde o ano passado, muitos deles em zonas humanitárias delimitadas que deveriam ser protegidas. Nós, líderes políticos do mundo democrático, não podemos nos calar diante desse massacre interminável”, completou Lula.
Para ele, a comunidade internacional precisa centrar esforços para alcançar o “cessar-fogo e a paz na região” com a garantia de libertação dos reféns israelenses e fim dos ataques à Faixa de Gaza.
“Conclusões erradas”
As falas de Lula contra Israel, no entanto, não foram bem recebidas por entidades, como a StandWithUs Brasil, que diz que o presidente “tira conclusões erradas a partir de informações falsas”.
Segundo a entidade, Israel não atacou “tendas” com “mulheres, idosos e crianças”, mas um esconderijo do Hamas onde informações de inteligência indicavam que se escondiam dois dos “mais sanguinários” líderes do grupo terrorista: “o comandante Mohammed Deif, chefe do braço militar do Hamas e um dos arquitetos do massacre de 7/10, e Rafah Salameh, o vice-chefe e, além disso, principal comandante do Hamas em Khan Yunis”, pontua.
“A morte de Salameh foi confirmada e existem fortes indícios de que Deif também tenha sido neutralizado. Ambos os terroristas estão entre os principais responsáveis pelo maior massacre de judeus por serem judeus desde o Holocausto nazista”, completou a StandWithUs Brasil.
Para a entidade, “como sempre”, o Hamas divulga informações falsas sobre o número de vítimas do ataque, “sem distinguir entre combatentes e civis, já que, para eles, todos são ‘mártires’ da guerra santa contra o povo judeu”.
“O presidente da República deveria ser mais cauteloso e responsável, e não continuar reproduzindo tudo o que o Hamas afirma sobre cada ação militar de Israel, numa guerra que o país não buscou e que foi obrigado a lutar depois de ser atacado”, disparou a entidade contra o presidente.
Ainda segundo a StandWithUs Brasil, o presidente Lula “deveria lembrar que, desde o início da guerra, Israel fez diversas propostas de acordo de cessar-fogo, a última delas no dia 27 de maio”.
“O melhor que o governo brasileiro poderia fazer para ajudar para que o cessar-fogo aconteça é instar o Hamas a aceitá-lo, depor as armas e libertar os reféns (entre os quais há mulheres, idosos e crianças) ainda mantidos em cativeiro em condições desumanas, permitindo que voltem a se reunir com suas famílias”, completou.
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Informações da Gazeta do Povo / Foto: Reprodução/Canal Gov
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