“Não existe nenhuma hipótese de coligação com o PT”, diz Valdemar em CAPS LOCK
O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, negou qualquer possibilidade de aliança entre a sigla e o Partido dos Trabalhadores (PT) nas eleições municipais de 2024. A hipótese foi levantada em uma reportagem do jornal O Globo, que revelou que diálogos entre os dois partidos estão acontecendo em locais como Rio de Janeiro, Maranhão, Bahia e Ceará.
Em uma publicação feita na segunda-feira (10) na rede social X, Valdemar escreveu que “não existe nenhuma hipótese de coligação com o PT” e que o partido seguirá fazendo oposição aos petistas.
“QUE FIQUE BEM CLARO: NÃO EXISTE NENHUMA HIPÓTESE DE COLIGAÇÃO COM O PT. SOMOS OPOSIÇÃO E ASSIM SEGUIREMOS. O PARTIDO LIBERAL VALORIZA A FAMÍLIA, A LIBERDADE DE EXPRESSÃO E SENTIMOS ORGULHO DO NOSSO PAÍS QUANDO OUVIMOS O HINO NACIONAL. É POR ISSO QUE O POVO BRASILEIRO FEZ DO PL O MAIOR PARTIDO DO PAÍS”, escreveu Valdemar em rede social.
De acordo com a reportagem do O Globo, o deputado federal Júnior Mano (PL-CE), cotado para concorrer à prefeitura de Maracanaú, estaria articulando uma parceria com o pré-candidato à gestão do município, Júlio César Filho (PT-CE). No Maranhão, o deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL-MA) estaria ensaiando uma aproximação com a base do ministro da Justiça Flávio Dino (PSB), que governou o estado até o ano passado.
O presidente do PL gaúcho, deputado federal Giovani Cherini (PL-RS), é um dos contrários a coligações do tipo. Em discurso na Câmara, ele garantiu que proibirá alianças com o PT em seu estado e sugeriu que Valdemar faça o mesmo.
O PT, por sua vez, divulgou uma resolução na semana passada instruindo seus membros a não se alinharem a “candidatos e candidatas identificados com o projeto bolsonarista”. A determinação petista não menciona diretamente o PL, mas o partido de Bolsonaro tem membros que não estão totalmente alinhados ao “projeto bolsonarista”.
Alguns deputados do PL votaram pela aprovação da reforma tributária na Câmara, contra a instrução de Jair Bolsonaro, expondo o racha no partido. Na ocasião, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), acabou sobrando, sendo hostilizado em reunião dos liberais.
Desde que a crise de identidade do PL foi escancarada, Valdemar tenta direcionar o partido e seus representantes eleitos para a mesma vibração de Bolsonaro. No entanto, alguns membros do partido têm outros compromissos e prioridades em mente para as eleições de 2024, que tratam muito mais de questões regionais do que da batalha ideológica travada entre petistas e bolsonaristas.
Informações da Gazeta Brasil / Foto: Reprodução
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