25 de Novembro de 2024

ACM Neto diz que governo deu a ré no projeto da ponte: “Já foram enterrados R$ 300 mi e não tem nem uma estaca batida”

O ex-prefeito de Salvador e presidente da Fundação Índigo, ACM Neto (União Brasil), disse nesta quinta-feira (24) que o governo do estado engatou a "marcha ré" nos projetos da ponte Salvador-Itaparica e do VLT/ Monotrilho do Subúrbio. Em entrevista à rádio Band FM de Vitória da Conquista, ele também criticou a suspensão dos voos diretos entre Salvador e o município do Sudoeste e cobrou do governo um esforço para a ampliação das linhas aéreas para a cidade. 

Ao comentar sobre os projetos paralisados pelo governo, ACM Neto lembrou que o contrato do VLT foi cancelado e que a ponte segue o mesmo caminho. “As obras que eles prometeram, como a ponte, o VLT, a Fiol, o Porto Sul, vários sistemas de abastecimento de água, não saem do papel, ficam nas promessas e na propaganda. E agora o que a gente vê é o governo do estado dar a ré”, destacou. 

Sobre a ponte, ele lembrou que já foram gastos mais de R$ 300 milhões, enquanto o VLT consumiu cerca de R$ 60 milhões. Nenhum dos dois saiu do papel. “Um projeto em que já foram enterrados mais de R$ 300 milhões e não tem nada, nem uma estaca batida. Jogaram R$ 300 milhões fora. Eu pergunto: o que poderia ser feito em Conquista e região com R$ 300 milhões? É muita coisa. Essas obras paralisadas trazem desperdício de dinheiro e prejuízo para a população, que fica na expectativa, que não se concretiza por incompetência do governo”, frisou. 

Neto também ressaltou que o Aeroporto Glauber Rocha, inaugurado em 2019, está subutilizado, inclusive com chances de perder mais linhas. Ele disse que é preciso um esforço do governo para ampliar os voos. “Não só para manter a linha com Salvador, a linha com Minas Gerais, com São Paulo, mas pra ampliar essa integração de Conquista. E aí não tem jeito, o governo do estado tem que entrar com subsídio, tem que chamar as empresas aéreas. É ter visão, é fazer investimento, é trabalhar no destino Vitória da Conquista, com promoção nacional e até quem sabe internacional”, afirmou. 

Para ele, o que acontece em Conquista com a suspensão dos voos diretos para Salvador é um reflexo da falta de política do governo do estado para o desenvolvimento regional do estado. “Essa postura que o governo do estado vem tendo com uma falta completa de uma política voltada para o turismo, para o desenvolvimento das regiões do interior da Bahia. A gente infelizmente não pode esperar isso deles, ao contrário, a gente observa eles de braços cruzados vendo as coisas acontecerem e tentando fingir que não é na Bahia e não é com eles”, criticou. 

O ex-prefeito da capital baiana também criticou o governo por causa da queda da Bahia no ranking de competitividade. O estado caiu sete posições e ocupa agora o 24º lugar. "A Bahia tem problemas sérios de infraestrutura, de logística, tem um problema hoje seríssimo de segurança pública. O resultado de tudo isso é que infelizmente os investimentos não chegam e os empregos vão embora. A gente viu nos últimos anos muitas empresas fecharem as portas e decidirem por sair da Bahia. A forma de virar esse jogo depende muito. É claro que o governo do estado deve ter uma visão de médio e longo prazo, ter uma visão estratégica regional”, salientou.

Whatsapp

Galeria

Bahia Farm Show apresenta exposição fotográfica sobre as belezas do Oeste da Bahia
Exposição aproximará startups agrícolas de investidores privados
Ver todas as galerias

Artigos