23 de Novembro de 2024

Com requalificação, sede do Ilê Aiyê será um dos maiores equipamentos culturais da cidade e ponto de encontro global do povo negro

Foi publicada no Diário Oficial do Município, neste mês de setembro, a licitação para a contratação de empresa que irá reformar a sede do Ilê Aiyê, localizada na comunidade do Curuzu, no bairro da Liberdade. O valor global das obras é da ordem de R$5,68 milhões para a total requalificação do espaço físico, climatização, melhoria de acessibilidade, construção de sanitários PCD, substituição das instalações elétrica e hidráulica, compra de novos equipamentos, além de melhorias das condições da Escola Mãe Hilda.

O prazo para a execução dos serviços previsto no Edital de Concorrência é de 150 dias, a partir da data da assinatura da ordem de serviço, de acordo com o cronograma físico-financeiro. A estimativa da Superintendência de Obras Públicas (Sucop) é de que no dia 17 de outubro já sejam conhecidas as empresas que demonstraram interesse na realização das obras de requalificação. 

O projeto da reforma da sede do Ilê Aiyê está sendo conduzido pela Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF). Para o secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Pedro Tourinho, é fundamental que as obras atendam a diversidade de ações culturais e sociais que são realizadas no espaço. 

De acordo com Tourinho, o potencial e o simbolismo da sede do bloco afro podem fazer do local um dos equipamentos culturais mais importantes da cidade: “Após essas obras, o prédio da sede do Ilê Aiyê no bairro da Liberdade estará definitivamente credenciado como um dos maiores e mais importantes equipamentos culturais e sociais da cidade, como também como grande ponto global do povo negro. Além das obras de manutenção e telhados, iremos finalmente climatizar o espaço, que é uma demanda antiga da comunidade”, disse.

História e simbologia – A sede do Ilê Aiyê, que foi fundado em 1974, assume um papel social importante dentro da comunidade desde 2003. A Senzala do Barro Preto, como é conhecida, é um edifício de oito andares com espaço para as festas da Beleza Negra e as demais atividades de ensino e formação do grupo, que, além de música e dança, incluem cursos profissionalizantes e a Escola Mãe Hilda. 

O Ilê Aiyê atua há cinco décadas na busca pelo empoderamento e representatividade da população negra e luta contra o preconceito racial, desempenhando um papel importante junto à comunidade soteropolitana.

Com a reforma, além de permitir que o edifício possa abrigar outras atividades, serão realizadas parcerias com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Emprego e Renda para a oferta de cursos e capacitação, e com o Programa Cidade Mãe para atividades no contraturno dos estudantes das comunidades.


Foto: Jefferson Peixoto/ Secom PMS

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