O candidato a prefeito de Salvador, Giovani Damico (PCB), disse, em entrevista, na manhã desta quarta-feira (15), à rádio CBN Salvador, que a capital baiana "continua despontando em recorde de desemprego" e que Salvador precisa ter "pleno emprego" e deixar de ser "a cidade da informalidade". Damico é o nome escolhido pelo Partido Comunista Brasileiro para disputar as eleições de outubro. A vice da chapa é Cheyenne Ayalla, também do PCB. 

Questionado sobre as propostas para geração de emprego e renda em Salvador, Giovani Damico disse que o Poder Público possui um "duplo problema". 

"A gente vê uma situação um pouco contraditória, né? Por um lado, novos campos de atuação tem surgido, a gente tem várias áreas que foram destravadas pela tecnologia. A pessoa com um aparalho de celular ela consegue desenvolver um conjunto de atividades, com o computador. Temos trabalho remoto surgindo. Ao mesmo tempo Salvador continua despontando em recorde de desemprego. Salvador tem quase 17%, 16,5%, sempre oscilando aí nessa faixa. É a capital com maior índice de desemprego. E ao mesmo tempo é a capital com maior índice de informalidade. Então, são dois dados muito preocupantes. Porque, por um lado, nos fala de uma população com dificuldade de acessar o primeiro emprego, ou as vezes não é nem o primeiro emprego, mas entra aí nessa quantidade grande de desempregados. E de estabelecer um vínculo formal. Para o Poder Público isso é um duplo problema, porque as pessoas desempregadas vão ter uma certa de dependência de suporte, de programas sociais, e ao mesmo tempo a gente deixa de ter receita, que ela só vem, em especial, a partir dos vínculos formais", afirmou Damico.

Damico ressaltou ainda que o Poder Público não pode deixar a questão do emprego e da geração de renda com as empresas privadas. 

"Então, a gente tem pensado que o Poder Público não pode deixar apenas nas mãos do mercado a responsabilidade de ofertar postos de trabalho. Então, a gente tem dito que a gente pensa a questão por três frentes: a Prefeitura precisa pensar contratos diretos, seja a partir de algumas possibilidades de empresas municipais. A construção civil nos dá um bom exemplo disso. Salvador tem um déficit habitacional muito grande, mas a gente não exercita o portencial de está construindo moradias de interesse social, infraestrutura de interesse social. Então, esse é um modelo de contratação direta, a partir de uma empresa municipal de construção civil. Modelos de cooperativas fomentadas pelo Poder Público. A gente pode pegar, por exemplo, um conjunto de trabalhadores que estão na informalidade e a partir do oferecimento de suporte técnico, jurídico, de estrutura em geral, a prefeitura pode organizar um conjunto de cooperativas que vão trazer as pessoas que estão hoje na informalidade a uma estrutura organizativa com contrato, com carteira assinada, com férias, décimo terceiro. E o terceiro ponto, que também é muito importante, que a gente não pode esquecer, é que na nossa cidade temos muita geração de emprego e renda nos pequenos comerciantes, pequenos produtores, e hoje eles não encontram, praticamente, no Poder Público, fomento. Então, a gente vê iniciativas de pequenos empreendimentos, normalmente com pouco aporte de suporte mesmo, do Poder Público, seja ele, novamente, de técnica, de infraestrutura, ou até mesmo de crédito, enquanto grandes empresários as vezes acabam ganhando, abocanhando a maior parte de suporte. A gente pensa em inverter essa equação, porque a maior parte da geração de emprego e renda tá nesses pequenos comércios", ressaltou. 

Segundo o candidato, Salvador precisa ter pleno emprego e trazer a população para o vínculo formal. 

"Então, o fomento da prefeitura tem que ir pra essas três frentes e aí com isso a gente tem horizonte, é uma meta ambiciosa, mas a gente quer uma Salvador com pleno emprego, a gente quer um Salvador que deixe de ser a cidade da informalidade, que traga as pessoas para um vínculo formal pra gente exercitar esse potencial que a cidade tem", afirmou Damico.

Informações do BNews / Divulgação / CBN Salvador