Professores aposentados realizam o “Forró do Acordo” na ALBA para cobrar inclusão no pagamento do piso do magistério
Nesta terça-feira (17), a partir das 9h, a Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) se transformará em um verdadeiro arraiá da resistência. Organizado pela Associação Classista de Educação e Esporte da Bahia (ACEB), o “Forró do Acordo – Acorda, PGE!” reúne professores aposentados e aposentadas que seguem na luta para serem incluídos no pagamento do piso do magistério, garantido pela Lei Federal 11.738.
O governo do estado tem aplicado o piso salarial apenas para os docentes da ativa, deixando de fora mais de 32 mil aposentados e pensionistas, que dedicaram décadas à educação pública da Bahia. Desde então, a ACEB mantém uma intensa mobilização cobrando o fechamento do acordo entre a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) para assegurar esse direito.
“Enquanto o governo ‘analisa’, nossa dignidade definha. Já são meses de promessas vazias. Disseram que o acordo sairia no dia 12 de junho, mas mais uma vez não cumpriram. Por isso, nossa luta segue firme. O Forró do Acordo é mais do que uma confraternização: é um grito de resistência e de denúncia. Não aceitaremos ser esquecidos!”, dispara a presidenta da ACEB, professora Marinalva Nunes.
O ato também faz referência à tradição baiana de fiscalizar e pressionar autoridades durante os festejos juninos. Com bom humor, música, bandeirolas e muito forró, os aposentados e aposentadas reforçam que a luta continua — nos arraiais, nas ruas e dentro da ALBA.
“Se o governo acha que vamos recuar, está enganado. Quem ensinou gerações a lutar, não vai se calar agora. Piso é lei, e lei se cumpre! Queremos o mesmo tratamento dado aos colegas da ativa. Não existe ex-professor. Somos educadores e educadoras, e merecemos respeito!”, reforça Marinalva.
O “Forró do Acordo” acontece durante a tradicional reunião semanal da ACEB na Assembleia Legislativa, sempre às terças-feiras, às 9h, na sala da Comissão de Educação. Desta vez, o encontro ocupará o plenário como forma de dar visibilidade à causa e pressionar as autoridades responsáveis.
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