UFBA define hoje o fim da greve
Após intensas negociações e uma longa paralisação, o movimento que deixou mais de 30 mil alunos sem aulas poderá chegar ao fim. O governo federal atendeu as reivindicações da categoria e a Associação dos Professores Universitários da Bahia (APUB) convocou para hoje uma assembleia para definir o encerramento da greve.
O Comando Nacional de Greve, representando os professores das universidades federais, aceitou o acordo proposto pelo governo e indicou a finalização do movimento grevista até o dia 03 de julho.
Com o fim da paralisação, os estudantes e professores esperam retornar à universidade em breve. “Faremos uma assembleia para definir se a greve se mantém ou se ela se encerra. Depois da deliberação, será preciso que os conselhos superiores façam o planejamento de retorno das aulas e programação da reposição do período” conta Clarisse Paradis, presidente da APUB.
A greve dos professores da UFBA começou em 29 de abril, quando os docentes decidiram paralisar suas atividades para pressionar por melhores condições salariais e de infraestrutura. Durante esse período, os professores realizaram diversas assembleias, marchas e encontros com representantes do governo para discutir suas demandas.
O processo de negociação teve muitos pontos de discordância entre os docentes e o governo federal. No entanto, um reajuste salarial dividido em duas partes foi acordado: um aumento de 9% em janeiro de 2025 e mais 3,5% em abril de 2026.
“Tivemos um processo de negociação muito difícil. Parte das nossas reivindicações não foram atendidas, mas nas últimas semanas entendemos que tanto o movimento de greve tinha chegado ao seu ápice quanto que não era mais possível fazer com que o governo seguisse negociando”, conta Henrique Saldanha, representante do Comando de Greve da UFBA e professor da instituição.
Além do aumento salarial, houve uma recomposição do orçamento das universidades federais, embora parcial. “Conseguimos uma recomposição que foi uma conquista na nossa greve e conseguimos, na reta final, que o governo revogasse algumas portarias que prejudicavam tanto a carga horária docente quanto nossas progressões”, conta o professor.
“Lutamos junto com os técnicos administrativos, os estudantes e os reitores por uma recomposição orçamentária que estivesse à altura dos desafios e das necessidades das universidades públicas. Com isso, conseguimos a aprovação de uma política nacional de assistência estudantil e uma recomposição orçamentária com inclusão das universidades no Programa de Aceleração do Crescimento”, destaca Clarisse.
O governo se comprometeu a aumentar o orçamento de custeio para este ano em 400 milhões de reais e investir 5,5 bilhões de reais nas universidades até 2026. Além disso, foram anunciadas 5.600 bolsas de permanência para estudantes indígenas e quilombolas.
Para os alunos, a retomada das aulas representa um alívio, após semanas de incerteza e preocupações com o andamento do semestre. Muitos estudantes demonstraram apoio às reivindicações dos professores, compreendendo que as melhorias propostas beneficiam a qualidade do ensino na universidade.
"Eu acho que as reivindicações foram válidas. A gente sempre fala que não adianta entrar na faculdade, a gente precisa buscar meios de garantir nossa permanência. E reivindicar pela infraestrutura e qualidade de ensino foi muito importante", conta Maria Costa, estudante da UFBA.
Informações do jornal A Tarde / Foto: Reprodução
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