Prefeitura de Candeias paga quase R$ 1 milhão de cachê no São João para cantor agressor de mulher grávida
A Prefeitura Municipal de Candeias não poupou esforços para garantir uma grande festa para os munícipes, mas na contra mão da diversão, a gestão municipal anunciou a contratação da dupla sertaneja Victor e Léo que após seis anos de separação justamente por conta do escândalo que envolveu Victor, a dupla prepara uma turnê para rodar o Brasil cantando seus antigos sucessos. Ocorre que o show programado para acontecer na região metropolitana de Salvador, é financiado com dinheiro público. A dupla não está sendo contratada para uma festa privada.
Aprovada em 2012, a Lei antibaixaria impede que verbas públicas estaduais sejam usadas para contratar ou patrocinar eventos com grupos musicais de repertório que "desvalorize, incentive a violência ou exponha mulheres à situação de constrangimento". Ao que tudo indica, a Prefeitura de Candeias, se fez valer do poder do (PL) 19.237/11 que obriga apenas que verbas públicas estaduais não sejam aplicadas para investimento em artistas que tenham sido condenados, ou seja, na ausência de uma lei municipal, a gestão entendeu que poderia utilizar a verba pública para financiar o show de um cantor condenado por agredir uma mulher grávida.
De acordo com os dados do Painel de Transparência dos Festejos Juninos nos Municípios, a Prefeitura vai investir R$ 750,000 no show da dupla para se apresentar no seu Arraiá do Aconchego no próximo dia 23. As cifras investidas colocam os sertanejos no patamar de terceiro maior cachê do período de festas juninas na Bahia.
A dupla chegou a ser anunciada em Salvador, mas foi em seguida desmentida pela Prefeitura alegando um erro de comunicação. A cidade de Fortaleza cancelou o show previsto pelos cantores após a repercussão negativa nas redes sociais, mas Candeias mesmo depois de fortes críticas após a divulgação do show, garante que a dupla vai se apresentar na cidade.
Relembre o caso da agressão envolvendo o cantor Victor
Victor se tornou réu em 2017, depois de ser indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais por, de fato, uma contravenção penal contra a mulher. Na época, Poliana Bagatini Chaves estava grávida do segundo filho do casal.
Segundo o boletim de ocorrência, ela disse que foi agredida pelo marido por motivos fúteis, que foi jogada no chão e que recebeu vários chutes, em fevereiro daquele ano, em um prédio no bairro Luxemburgo, na Região Centro-Sul da capital.
Na decisão, o músico foi sentenciado a 18 dias de prisão. Além disso, teve que pagar R$ 20 mil, por danos morais, à ex-mulher.
Foto: Redes Sociais/Reprodução
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