31 de Julho de 2025

Tsunami atinge costa russa após terremoto de magnitude 8,8; Japão, Havaí e Chile em alerta

Uma onda de tsunami atingiu a cidade de Severo-Kurilsk, no arquipélago das Ilhas Curilas, no extremo leste da Rússia, após um terremoto de magnitude 8,8 ser registrado próximo à península de Kamchatka, nesta quarta-feira (30). Autoridades locais determinaram a evacuação imediata dos moradores da região e estenderam o alerta para toda a cadeia de ilhas.

O governador da região de Sakhalin, Valery Limarenko, confirmou que a primeira onda chegou pouco depois do forte tremor. “Os moradores permanecem em áreas elevadas até que a ameaça de tsunami seja completamente descartada”, declarou. Ele acrescentou que os serviços de emergência estão operando em estado de alerta máximo e que todas as medidas de segurança estão sendo aplicadas.

Com uma população estimada em cerca de 2.500 pessoas, Severo-Kurilsk foi evacuada em direção a locais mais altos. A água alcançou partes da costa, mas até o momento não há relatos de vítimas nem de danos estruturais graves. Um dos poucos prejuízos materiais confirmados foi a inundação da planta processadora de pescado Alaid, cuja equipe foi retirada do local em segurança.

Segundo a chefe da estação sísmica de Yuzhno-Sakhalinsk, Elena Semenova, a ameaça de tsunami se estende a todo o arquipélago das Curilas. Autoridades locais continuam monitorando o litoral e coordenando evacuações preventivas em diversos pontos.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) informou que o epicentro do tremor foi localizado a 136 km a leste de Petropavlovsk, em Kamchatka, a uma profundidade de 19 km. O Centro de Alerta de Tsunamis dos EUA também alertou que ondas superiores a três metros podem atingir a costa leste da Rússia e o Equador.

No Japão, a emissora pública NHK informou que a primeira onda de tsunami, com cerca de 30 centímetros, chegou à ilha de Hokkaido. A Agência Meteorológica Japonesa havia previsto ondas de até três metros ao longo das costas norte e leste do país, da região de Hokkaido até Wakayama, ao sul de Osaka. “Tsunamis ocorrem repetidamente. Não entrem no mar nem se aproximem da costa até que o alerta seja retirado”, publicou a agência na rede X (antigo Twitter).

Apesar da intensidade do tremor, o sudeste de Hokkaido sentiu o impacto com menor força, registrando nível dois na escala sísmica japonesa — que mede a agitação da superfície. As cidades de Kushiro, Akkeshi, Shibetsu e Betsukai reportaram abalos sem danos relevantes.

O sismólogo Shinichi Sakai, da Universidade de Tóquio, explicou à NHK que “um terremoto distante pode causar um tsunami que atinja o Japão, especialmente se o epicentro for raso”.

Em resposta ao risco no Pacífico Sul, o Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres (SENAPRED), no Chile, declarou alerta de tsunami para as regiões costeiras de Atacama, Coquimbo e Valparaíso, após avaliação conjunta com a Marinha chilena. Também foi decretado Estado de Preocupação para outras 13 regiões do país, desde Arica e Parinacota até Magallanes.

No Havaí, o Departamento de Gestão de Emergências de Honolulu ordenou a evacuação preventiva de áreas costeiras. Já na Nova Zelândia, autoridades alertaram para “correntes fortes e incomuns, além de marés imprevisíveis”.

 

Informações da Gazeta Brasil / Foto: Reprodução

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