05 de Junho de 2025

Lula culpa “afã” de Haddad por crise do IOF

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (3) que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, agiu no “afã de dar uma resposta” ao anunciar o decreto que elevou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre operações cambiais, o que gerou uma crise política com o Congresso Nacional.

“O Ministério da Fazenda está tentando fazer um reparo que foi um acontecimento do não cumprimento de uma decisão da Suprema Corte pelos companheiros senadores, que quando aprovaram a desoneração, sabiam que tinha uma decisão da Suprema Corte que era obrigado a ver a compensação e ficarão de apresentar a compensação. O Haddad, no afã de dar uma resposta logo à sociedade, apresentou uma proposta que ele elaborou na Fazenda”, declarou Lula em entrevista no Palácio do Planalto, em Brasília.

O presidente disse que é fundamental haver ampla articulação política antes do envio de qualquer medida ao Legislativo. “Antes da gente mandar qualquer medida para o Congresso Nacional, é importante que vocês saibam, eu sou favorável que não tem segredo. Antes de qualquer medida que a gente mande pro Congresso Nacional, nós temos que reunir aqui, sabe, as pessoas que são parceiras. O presidente do Senado, o presidente da Câmara, os líderes dos partidos. São 12 líderes que têm influência nas decisões. Então, por que não discutir com eles? Nós já fizemos uma reunião domingo à noite na minha casa.”

Lula indicou que um novo pacote fiscal pode ser anunciado ainda nesta terça-feira, antes de sua viagem oficial a Paris. Segundo ele, as propostas já foram discutidas com os presidentes da Câmara e do Senado e agora dependem apenas de consenso entre os líderes partidários.

“Hoje vai ter um almoço na minha casa com todas as pessoas envolvidas nessa discussão. A ideia é saber se o acordo está feito ou não, pra que a gente possa anunciar como será feita a compensação que o Brasil precisa pra colocar nossas contas fiscais em ordem”, afirmou.

A equipe econômica busca alternativas para substituir o aumento do IOF, que seria a fonte de compensação das perdas com a desoneração da folha até 2027. A proposta provocou reação imediata no Congresso, que se mobilizou para derrubar o decreto — algo que não acontece há 25 anos. Após a pressão, o governo conseguiu um prazo de dez dias para apresentar uma nova solução.

Apesar das medidas ainda estarem sob sigilo, Lula reafirmou que nenhuma proposta será encaminhada ao Congresso sem o devido consenso político. “Antes de qualquer medida, temos que reunir os nossos parceiros: o presidente do Senado, o presidente da Câmara, os líderes dos partidos. Não tem segredo. Já fizemos uma reunião domingo à noite, e hoje encerramos esse processo com um almoço na minha casa”, finalizou.


Informações da Gazeta Brasil / Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquvo

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