20 de Maio de 2025

‘Salvador deve assumir postura proativa na segurança pública’, defende Sturaro

Diante do avanço da criminalidade e da crescente sensação de insegurança vivida diariamente por soteropolitanos, a gestão municipal tem buscado se posicionar de forma mais ativa no enfrentamento da violência urbana. A iniciativa, defendida pelo diretor-geral da Guarda Civil Municipal (GCM), Humberto Sturaro, visa transformar o município em um agente articulador de políticas públicas voltadas à segurança e à defesa social, em parceria com órgãos estaduais, federais e com a sociedade civil.

“A violência urbana tornou-se um fenômeno recorrente no cotidiano das grandes cidades brasileiras, especialmente em Salvador, capital da Bahia”, afirma Sturaro. Segundo ele, a insegurança tem impactos diretos na rotina da população, que muitas vezes evita sair à noite, altera percursos diários e se afasta de espaços públicos. Essa realidade, pontua, “afeta diretamente a qualidade de vida da população, o desempenho econômico local, a mobilidade urbana e a própria coesão social”.

Embora a segurança pública seja formalmente uma atribuição dos entes estaduais e federais, o diretor da GCM argumenta que a capital baiana não pode se limitar ao papel de expectadora. “Salvador, diante da sua complexidade urbana, deve assumir uma postura mais proativa na construção de políticas públicas municipais de segurança e defesa social, em articulação com outros níveis de governo e com a sociedade civil”, defende.

Nesse cenário, a Guarda Civil Municipal é apontada como instrumento estratégico para ampliar a presença do Estado nas comunidades. Originalmente responsável pela proteção de bens, serviços e instalações públicas, a corporação tem ampliado sua atuação com programas de policiamento comunitário e iniciativas de prevenção. “A GCMS é um instrumento essencial para a presença do Estado nas comunidades”, afirma Sturaro. “Pode ser expandida para ações de policiamento comunitário, programas preventivos e cooperação com outros órgãos de segurança”, acrescenta.

Uma das experiências mencionadas por ele como exemplo dessa atuação integrada é a Prefeitura-Bairro do Centro Histórico, onde a GCM atuou em conjunto com órgãos como Transalvador, Polícia Militar, Polícia Civil e Semop. A operação, conduzida sob sua gestão, obteve resultados expressivos. “Apresentou um case de sucesso, identificando problemas, propondo e implementando soluções que deram resultados positivos como a queda de 56% nos registros do crime de roubo na região, segundo dados divulgados pela SSP”, destaca.

Com base nessa experiência, a cidade deu início à elaboração do primeiro Plano Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (PMSPDS), com o objetivo de estabelecer uma política estruturada, duradoura e ancorada na valorização da Guarda Municipal, na participação social e na integração entre instituições. “O futuro da segurança pública em Salvador começa com a decisão política de construir soluções locais com responsabilidade e visão de longo prazo”, afirma Sturaro. Segundo ele, a crise da segurança pública “não pode ser tratada apenas como responsabilidade da Unidade Federativa da Bahia ou da União”.

Para o diretor, o enfrentamento à violência exige compromisso institucional, planejamento de longo prazo e envolvimento direto do município. “Uma política municipal de segurança pública e defesa social bem estruturada é uma estratégia viável, constitucional e urgente”, conclui.

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