Governo da Bahia rejeita projeto federal contra crime organizado e ignora alerta sobre domínio de facções
Mesmo com indicadores alarmantes de violência e o maior número de facções criminosas mapeadas no sistema prisional do país, o Governo da Bahia recusou participar do projeto-piloto do Ministério da Justiça que visa desocupar áreas dominadas pelo crime organizado e milícias. A iniciativa, que prevê ações coordenadas de inteligência e intervenção policial, agora é negociada com o Rio Grande do Norte.
A negativa foi comunicada ao Ministério da Justiça no fim do ano passado, mesmo após meses de atuação conjunta entre técnicos do governo federal e a Secretaria de Segurança Pública da Bahia para coleta e análise de dados estratégicos. O governo estadual, liderado por Jerônimo Rodrigues (PT), optou por barrar a fase de implementação alegando não confiar na eficácia do modelo proposto.
Entre os argumentos usados para recusar o plano, estão a crença de que o crime organizado não seria o principal problema da segurança pública local e a suposta falta de efetivo para operações mais intensas. A postura contrasta com levantamentos da Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais), que apontam 21 organizações criminosas atuando no sistema prisional baiano — a maior concentração registrada no Brasil. Esses grupos exercem controle territorial em comunidades e acessos estratégicos do estado.
A decisão também chama atenção porque a Bahia mantém índices persistentes de violência, apesar da leve queda nas mortes violentas no último ano. O estado continua liderando estatísticas de homicídios e letalidade policial. Ainda assim, a gestão estadual opta por apostar exclusivamente no programa "Bahia Pela Paz", que aposta na prevenção e redução da violência letal, mas que não tem conseguido conter a expansão territorial das facções.
Com informações da Folha de S. Paulo / Foto: Alberto Maraux/SSP-BA
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