Pedro Lucas recusa Ministério das Comunicações e expõe racha no União Brasil
O deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União Brasil-MA) anunciou, nesta terça-feira (22), que não assumirá o comando do Ministério das Comunicações, cargo para o qual havia sido convidado pessoalmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão, que ocorre após quase duas semanas de indefinição, escancara o racha interno no União Brasil e representa um revés para o Palácio do Planalto, que tenta consolidar o apoio de partidos do centrão à sua base aliada.
Líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, Pedro Lucas chegou a aceitar o convite e se reuniu com Lula no último dia 10 de abril, solicitando que a posse ocorresse apenas após o feriado da Páscoa. No entanto, voltou atrás nos últimos dias, alegando, segundo a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, a necessidade de resolver “questões pessoais” e pendências relacionadas à liderança do partido na Casa.
Em nota oficial, Pedro Lucas agradeceu ao presidente Lula pela confiança, mas afirmou que acredita poder contribuir mais com o país permanecendo em sua atual função de liderança. “Continuarei trabalhando na Câmara dos Deputados para garantir avanços legislativos e contribuir com a governabilidade”, disse o parlamentar.
A recusa ocorre em meio à insatisfação de setores do União Brasil com a possibilidade de perder influência no Legislativo, caso Pedro Lucas deixasse o posto de líder. A decisão também reflete a preocupação com o equilíbrio interno da legenda, que já vive tensões após a saída do ex-ministro das Comunicações Juscelino Filho — também do Maranhão — que deixou o cargo após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeitas de desvio de recursos da Codevasf.
O presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda, afirmou que o partido recebeu o convite de Lula com “apreço e respeito”, mas que a permanência de Pedro Lucas na liderança da bancada é “estratégica” diante da complexidade da agenda legislativa atual. “A decisão foi tomada após cuidadosa avaliação com os parlamentares da sigla”, afirmou.
Diante da recusa, o governo agora deve avaliar se mantém a pasta das Comunicações sob controle do União Brasil ou se redistribui o ministério para outra legenda da base aliada. Em nota, o partido informou que pretende indicar um novo nome, de perfil técnico, para análise do presidente.
Com a desistência de Pedro Lucas, o União Brasil continua comandando dois ministérios — Turismo e Integração e Desenvolvimento Regional — e busca manter influência no governo, mesmo em meio a divergências internas que fragilizam sua coesão como força política aliada. A expectativa é que novas conversas com o Planalto ocorram nos próximos dias para definir o futuro da pasta.
Informações da Gazeta Brasil / Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados
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