Projeto tenta garantir penas mais leves a condenados pelo 8 de janeiro
O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) protocolou, neste sábado (22), um projeto de lei que propõe ajustes no Código Penal para garantir que as punições aplicadas em casos de crimes de golpe de Estado ou de abolição do Estado Democrático de Direito sejam proporcionais ao grau de envolvimento de cada indivíduo e não importem em dupla penalização pela mesma conduta. Com isso, os presos pelos atos do 8 de janeiro seriam beneficiados.
No projeto, o senador prevê que líderes ou financiadores que tiverem participação ativa e relevante neste tipo de crime sejam enquadrados com maior rigor penal. Já os que agiram sob influência de multidão em tumulto e praticaram apenas atos materiais, sem participação no planejamento ou financiamento do ato, devem receber tratamento jurídico mais brando. "Portanto, se um cidadão está assistindo a uma multidão invadindo, por exemplo, a Suprema Corte do país, com os objetivos indicados nesses mesmos artigos, e, movido por um impulso, resolve acompanhá-los, a sua responsabilização não deve ser a mesma", explica o senador na proposta.
O texto também propõe que o crime de abolição de Estado Democrático de Direito, quando praticado com a intenção de depor o governo legitimamente eleito, deve ser absorvido pelo crime de golpe de Estado, de modo a evitar que haja a soma das penas.
Os dois crimes têm pena mínima de quatro anos de reclusão. Atualmente, se aplicada a menor pena possível, no caso da prática de ambos ao mesmo tempo, a pessoa seria punida com oito anos de reclusão. Se o projeto vier a ser aprovado, a pena cairia pela metade, ficando em quatro anos.
Além disso, hoje, no mais duro dos cenários, em que haja aplicação das penas máximas para cada um dos crimes, a pena total seria de 20 anos. Em caso de aprovação do projeto de lei do senador Alessandro, essa mesma pena cairia para 12 anos, de acordo com o projeto apresentado.
Informações da Gazeta Brasil / Foto: Andressa Anholete/Agência Senado
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