09 de Janeiro de 2025

Grande final do 50º Festival de Música Negra do Ilê Aiyê acontece dia 26 de janeiro

Já tem data marcada a etapa finalíssima do Festival de Música Negra (FMN) do Ilê Aiyê, que, em 2025, comemora a sua 50ª edição. Após passar pelas inscrições e fase eliminatória, no dia 26 de janeiro (domingo), a partir das 16 horas, serão anunciadas as composições vencedoras das categorias “Tema” e “Poesia” na Senzala do Barro Preto (Curuzu). Após apresentação de cada concorrente diante de um público ansioso e participativo, a comissão julgadora irá escolher as mais novas canções que passam a integrar o repertório da Band’Aiyê no Carnaval e em outros eventos.

Para intensificar ainda mais o clima de festa, a premiação será acompanhada de shows que irão animar a Senzala pelo resto da noite. Além da anfitriã Band’Aiyê, sobe ao palco a banda convidada Filhos de Jorge, que soma sucessos que ganharam o Brasil e o mundo, a exemplo de “Ziriguidum”, grande vencedora do título de Música do Carnaval de 2013 e que levou ao grupo o troféu de Banda Revelação. Formada por Arthur Ramos, Dan Vasco e  Papito Gomes, a banda se caracteriza por sua sonoridade única, resultado da junção de instrumentos percussivos exclusivos.

Mais de 150 canções foram inscritas nesta edição cinquentenária do festival, sendo 18 selecionadas para a etapa final da premiação. “Além de dar oportunidade a compositores iniciantes e consagrados de todo o Brasil expressarem seu sentimento de autoestima, o Festival de Música Negra do Ilê Aiyê é importante atividade artístico-cultural no processo de contar e cantar a história de reinos, países, personalidades, fatos, cultura e religiosidade africana e afro-brasileira, quase sempre invisibilizadas nas nossas escolas e em nossa memória”, comenta Sandro Teles, produtor musical do bloco, que assina a coordenação do festival ao lado de Fernando Andrade, diretor da entidade.

Os candidatos que inscreveram suas produções musicais na categoria Tema, inspiraram-se no tema do Carnaval 2025 do Ilê Aiyê: “Kenya: Berço da Humanidade”. Para ampliar o entendimento sobre o assunto, o Ilê Aiyê, como uma tradição do festival, disponibilizou aos concorrentes uma publicação com a pesquisa e reflexão feitas pela direção da entidade para seleção do tema. Tal iniciativa, preservada ao longo de 50 festivais, torna possível ao Ilê Aiyê e seus compositores contribuírem para a valorização e visibilidade da historiografia de países africanos, personalidades e revoltas de escravizados no Brasil.

“Há 50 anos, ajudamos a escrever uma história que não está nos livros pedagógicos comuns, mas está no currículo de nossas ações educativas, nas ruas do Curuzu durante o ano inteiro e na avenida durante o Carnaval. Vale lembrar que as letras das músicas que participam da final do festival são integradas a um Caderno de Educação, que é utilizado nas atividades pedagógicas da entidade”, complementa Antônio Carlos Vovô, presidente do Ilê Aiyê.

Premiação - Dentre as 18 composições selecionadas para a final, 10 canções concorrem à categoria “Poesia” e 8 à categoria “Tema”. Os três primeiros lugares de cada categoria ganharão o Troféu Pássaro Preto, fantasias do bloco e premiação em dinheiro. 

Na categoria “Tema”, o 1º lugar recebe R$7.700,00 (sete mil e setecentos mil reais), o Troféu Pássaro Preto e duas fantasias; o 2º lugar R$7.150,00 (sete mil cento e cinquenta reais), o Troféu Pássaro Preto e duas fantasias, e o 3º lugar ganha R$6.600,00 (seis mil e seiscentos reais) o Troféu Pássaro Preto e duas fantasias. 

Já na categoria “Poesia”, o 1º lugar recebe R$7.150, 00 (sete mil cento e cinquenta reais), o Troféu Pássaro Preto e duas fantasias; o 2º lugar R$6.600,00 (seis mil e seiscentos reais), o Troféu Pássaro Preto e duas fantasias, e o 3º lugar é contemplado com R$ 6.000,00 (seis mil reais), o Troféu Pássaro Preto e duas fantasias. 

O 50º Festival de Música Negra do Ilê Aiyê é uma realização do Ilê Aiyê e do Ministério da Cultura, em parceria com a Caderno 2 Produções, e conta com o patrocínio do Itaú, Grupo Belov, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura - Lei Rouanet, e Governo do Estado da Bahia, com o apoio institucional da Prefeitura de Salvador por meio do Procultura, e apoio da ITS Brasil.

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