Em reunião nesta quarta-feira (4) com diretores executivos do Banco Mundial em missão no Brasil, o prefeito de Salvador, Bruno Reis, agradeceu a parceria firmada com a instituição financeira nos últimos anos e destacou dois novos projetos da gestão municipal em negociação com a entidade, responsável pelo financiamento de importantes ações na capital baiana. A Prefeitura negocia recursos do Banco para a terceira fase do Salvador Social, programa que já conta com financiamento da instituição na capital baiana, além da expansão da frota de ônibus elétricos e a construção do segundo terminal de eletrocarga, na região do Vale dos Barris.

“É com muita alegria que recebemos essa missão do Banco Mundial na nossa cidade. Um dia histórico para todos nós. Temos a compreensão do tamanho desse gesto. É uma honra estar entre as cidades que irão recebê-los. Quero agradecer a parceria que firmamos. Estamos indo para a quarta operação de crédito só com vocês”, afirmou o chefe do Executivo municipal. Antes de Salvador, a missão do Banco passou por Brasília e ainda visitará o Rio de Janeiro. A última visita de diretores do Banco Mundial ao Brasil havia ocorrido há 13 anos.

Salvador Social - O prefeito ressaltou a importância dos novos financiamentos para ampliar as redes de saúde, educação e assistência social no âmbito do Salvador Social III, citando os avanços conquistados pela gestão municipal nos últimos anos. Durante a reunião, Bruno Reis mencionou, por exemplo, a construção de hospitais e unidades de saúde, o crescimento da cobertura da atenção básica (de 18% para 70%), a ampliação em 150% das vagas em creches, o incremento na política de atendimento às pessoas em situação de rua com o programa Vida Nova e a inauguração de nove restaurantes populares, entre outras ações. 

“Essa parceria com o Banco Mundial nos permitiu antecipar uma série de ações e diminuir a pobreza. Os percentuais que temos hoje em muitas áreas só conseguiríamos alcançar em 20 ou 30 anos. Imagine as consequências disso para uma cidade ainda muito pobre como a nossa”, pontuou o chefe do Palácio Thomé de Souza. “Se não fosse o Salvador Social I e II, a gente não teria alcançado esses objetivos. E precisamos do Salvador Social III para ampliar. Estamos fazendo nosso dever de casa. Esse ano, pela primeira vez recebemos a nota máxima da Secretaria do Tesouro Nacional na Capacidade de Pagamento, com o Capag A+”, acrescentou.

Mobilidade e meio ambiente - Já a expansão da frota de ônibus elétricos e a construção segundo terminal de eletrocarga são fundamentais, segundo o prefeito, para melhoria da mobilidade e cumprimento da meta de zerar as emissões de gás carbônico na capital baiana até 2049. Com o financiamento, Salvador passará a contar com até 100 novos ônibus elétricos, tornando-se assim a cidade com a segunda maior frota de ônibus elétricos do país. “Por isso, vamos precisar de outro eletroterminal, perto da maior estação de transbordo da cidade. Será quatro vezes maior do que o que temos”, disse Bruno Reis.

O prefeito lembrou que, conforme o Instituto Cidades Sustentáveis, Salvador é a capital com o menor nível de emissão de CO2 per capita. Ele também destacou a certificação de Cidade Resiliente recebida por Salvador nesta terça (3), durante o Connected Smart Cities, considerado o maior e mais importante evento de conexões e negócios de Cidades Inteligentes do Brasil.

Parceria - O secretário da Casa Civil de Salvador, Luiz Carreira, apontou que a parceria do Município com o Banco Mundial vem desde a gestão do ex-prefeito ACM Neto e tem sido de grande valor. “O Salvador Social vai chegar na terceira etapa, já soma 250 milhões de dólares do banco, além da nossa contrapartida. E foi fundamental para consolidar nossas redes de educação, saúde e assistência social. Além disso, eu digo sempre que a gente ganha dos dois lados: o financiamento antecipa investimentos e, do outro lado, fica o conhecimento técnico para as equipes, por esse tempo de convívio”, afirmou.

Chefe da delegação do Banco Mundial, o diretor executivo do Brasil, Marcos Vinicius Chiliatto, disse que a viagem ao país é institucionalmente importante para, além de conhecer as prioridades da Presidência da República no G20, visitar os projetos financiados pela entidade. A missão é formada por 14 diretores executivos do Banco. “A gente está aqui para conhecer os avanços da cidade e saber como podemos contribuir”, afirmou Chiliatto. 

Já Harold Tavares, diretor executivo suplente de Cabo Verde, destacou as relações históricas e culturais entre Salvador e a África, além de elogiar a capital baiana. “O prefeito e o chefe da Casa Civil falaram bastante dos projetos, e eu queria acrescentar uma coisa muito importante, que eu já sabia mas só agora vi de perto, que é o patrimônio cultural e o espírito dessa cidade. Em nome da delegação, gostaria de agradecer a hospitalidade, por nos receberem nessa vibrante cidade. Somos gratos pela oportunidade de estarmos com você e sua equipe”, disse.