23 de Novembro de 2024

Com abstenção do Brasil, resolução que cobrava da Venezuela divulgação de atas de votação fracassa na OEA

Uma resolução que exigia que as autoridades da Venezuela divulgassem imediatamente as atas das eleições de domingo (28) não conseguiu obter nesta quarta-feira (31) o apoio necessário para ser aprovada pelo Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), depois que países como Brasil, Colômbia e México se abstiveram.

Em sessão extraordinária realizada em Washington (EUA), o texto teve 17 votos a favor, nenhum contra, 11 abstenções e cinco ausências, não obtendo maioria absoluta dos membros do órgão pan-americano para ser aprovado.

O texto cobrava que o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE), dominado por chavistas, que na manhã de segunda-feira (29) proclamou a vitória do ditador Nicolás Maduro, rejeitada pela oposição e parte da comunidade internacional, “divulgasse imediatamente as atas da votação” de cada seção eleitoral.

Ainda segundo a resolução, era necessária também “uma verificação abrangente dos resultados a ser realizada na presença de organizações de observação independentes para garantir a transparência, a credibilidade e a legitimidade dos resultados”.

A resolução ressaltava “que é uma prioridade absoluta salvaguardar os direitos humanos fundamentais na Venezuela, especialmente o direito dos cidadãos de se manifestarem pacificamente sem represálias” e "a importância de proteger e preservar todos os equipamentos usados no processo eleitoral”, incluindo as atas de votação.

Argentina, Canadá, Chile, Costa Rica, República Dominicana, Equador, El Salvador, Guatemala, Guiana, Haiti, Jamaica, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname, Estados Unidos, Uruguai e Uruguai votaram a favor.

Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Bolívia, Brasil, Colômbia, Granada, Honduras, São Cristóvão e Névis e Santa Lúcia se abstiveram.

Dominica, México, São Vicente e Granadinas e Trinidad e Tobago não participaram da sessão, além da Venezuela, ausente há muito tempo.

O presidente do Conselho Permanente, o embaixador de Antígua e Barbuda, Ronald Sanders, explicou que os representantes se reuniram por mais de cinco horas para chegar a um texto de consenso, mas isso não foi alcançado devido a uma única frase, que ele não especificou.

 

Informações da Gazeta do Povo / Foto: Reprodução/ Redes Sociais

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