23 de Novembro de 2024

Rodoviários vão recorrer a alternativas jurídicas

Após mais de quatro rodadas de negociações no período de duas semanas, o Sindicato dos Rodoviários decidiu, durante reunião nesta quarta-feira, 15, que devido à resistência do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps) em ceder o aumento salarial e outros benefícios à categoria, vai recorrer a outros meios legais.

A classe trabalhadora está na esperança de que os órgãos competentes possam intermediar as reivindicações junto à gestão pública de Salvador. No entanto, embora ainda não tenha data definida, os rodoviários não descartam a possibilidade de uma possível greve caso as negociações continuem sem acordo favorável para eles.

“Por causa daquelas negociações que fizemos com 10 rodadas e que não avançou, saímos da mesa. Então, agora vamos pedir intervenções que possam chegar até no Tribunal do Trabalho, que é a instância maior para fazer a mediação. Não conseguindo avançar, a gente não vai ter outra opção a não ser deliberar pela greve”, afirmou o presidente Hélio Ferreira.

Ainda segundo ele, a categoria lançaria, ainda ontem, um edital convocando rodoviários e motoristas para uma assembleia, na próxima quarta-feira, 22, onde tomarão deliberações sobre a paralisação dos ônibus na capital baiana.

"A decisão que tomamos por unanimidade é recorrer aos meios jurídicos para uma preparação com a greve geral por tempo indeterminado. Com esse edital, eu acredito que haverá intervenção do Ministério Público e Superintendência do Trabalho para tentar evitar greve nesses períodos que a gente vai fazer esse rito jurídico”, disse Hélio.

O que a categoria cobra

Em uma semana, duas propostas relacionadas ao aumento salarial apresentadas pelo Setps foram negadas pelos rodoviários. Na última quinta-feira, 09, o sindicato patronal ofereceu um 1.13%, percentual barrado pela classe trabalhista. Já nesta terça-feira, 14, em um novo encontro, o lado representante das empresas subiram a proposta para 1.24%, que também não foi aceita. "Nós temos pontos cruciais em pauta como a integração com o metrô porque a categoria não aguenta mais pagar passagem pra ir trabalhar, esse é um ponto chave. O nosso reajuste salarial, o nosso ticket refeição que está abaixo”, explicou Washington Tito, integrante do Sindicato dos Rodoviários.

 

Informações do jornal A Tarde / Foto: Silvânia Nascimento/Agência A Tarde

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