Após vazamento de imagens, embaixada da Hungria demite funcionários
Cerca de dois funcionários brasileiros foram demitidos da embaixada da Hungria como punição pelo vazamento de imagens do circuito interno que mostram a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante o Carnaval, em meio à investigação por tentativa de golpe de Estado.
Cerca de dois funcionários brasileiros foram demitidos da embaixada da Hungria como punição pelo vazamento de imagens do circuito interno que mostram a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante o Carnaval, em meio à investigação por tentativa de golpe de Estado.
Segundo apuração da CNN, a representação húngara optou pelo desligamento dos trabalhadores com acesso às imagens em tempo real, mesmo sem comprovar envolvimentos.
A Embaixada realiza investigações internas desde que veio à tona a notícia de que Bolsonaro passou duas noites no local, onde não poderia ser preso.
Ainda que no período de visita de Bolsonaro houvesse menos funcionários circulando no local, devido ao feriado, os brasileiros que trabalham na embaixada entraram na mira das investigações internas.
O embaixador Miklós Halmai foi chamado na semana passada no Itamaraty para dar explicações sobre a hospedagem ao ex-presidente da República. Na ocasião, Halmai repetiu a versão de Bolsonaro e disse que o recebeu para conversar sobre interesses dos dois países, resposta que não agradou o Itamaraty.
Na última semana, o jornal norte-americano The New York Times revelou, com direito à publicação de vídeos, a estadia de Bolsonaro na embaixada húngara, em Brasília.
O ex-presidente chegou a ficar dois dias abrigado no local, quatro dias depois de ter sido alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) que apreendeu seu passaporte e prendeu dois de seus ex-assessores.
A operação da PF ocorreu no dia 8 de fevereiro e Bolsonaro esteve hospedado na embaixada da Hungria entre os dias 12 e 14 de fevereiro. Portanto, após a Justiça brasileira proibir a saída dele do país.
Após a publicação da matéria no veículo dos Estados Unidos, o ex-mandatário admitiu que esteve no local. “Não vou negar que estive na embaixada”, disse o ex-mandatário ao Metrópoles. “Tenho um círculo de amizade com alguns líderes mundiais. Eles estão preocupados”, acrescentou.
Na avaliação do The New York Times, a estadia de Bolsonaro na embaixada da Hungria aponta que o ex-presidente estaria tentando fugir da Justiça e de desdobramentos das investigações contra ele, se aproveitando da amizade que ele possui com o primeiro-ministro húngaro Viktor Orban, de extrema-direita
Estando em uma embaixada, Bolsonaro estaria oficialmente em outro país e, portanto, estaria protegido de uma possível prisão ordenada pela Justiça brasileira.
O ex-presidente está sendo investigado, na Justiça brasileira, por participação na tentativa de golpe de Estado vivida pelo Brasil no dia 8 de janeiro de 2023, quando milhares de apoiadores bolsonaristas invadiram e destruíram as sedes dos três Poderes.
Informações do jornal A Tarde / Reprodução/New York Times
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