"Salvador vive um apartheid social", reflete Kleber Rosa sobre situação dos cordeiros e ambulantes no carnaval de Salvador
O pré-candidato à prefeitura de Salvador do PSOL e coordenador-geral da Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia (Fetrab), Kleber Rosa, durante entrevista a uma rádio local, na noite da última quarta-feira (17), afirmou que Salvador "vive um apartheid social, uma cidade marcada por profundas desigualdades sociais e pelo racismo".
O psolista citou como exemplos as situações humilhantes e degradantes dos ambulantes e cordeiros que trabalham durante a festa momesca.
" O carnaval é uma indústria bilionária. O cordeiro vai para lá se expor a um trabalho extremamente hostil e degradante para receber um pagamento irrisório e para enriquecer a indústria do carnaval, dos grandes donos dos blocos", avaliou.
Kleber Rosa pontuou que o ambulante é fundamental para a realização das festas populares e, mesmo assim, ainda precisam pagar para tirar as licenças. " O ambulante é o único trabalhador que precisa pagar para trabalhar. Ainda são submetidos às situações vexatórias durante os processos de cadastramento e às péssimas condições de trabalho. A gestão municipal além de não demonstrar solidariedade e respeito aos ambulantes esquece que sem esses trabalhadores informais não teríamos o carnaval nem as demais festas populares", analisa o cientista social e ativista do movimento negro.
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