O faturamento da indústria cresceu 0,6% em agosto em comparação com os resultados de julho, segundo um relatório da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Mesmo com o resultado positivo, os indicadores industriais do mês mostram perda de dinamismo na atividade. Em comparação com agosto de 2022, o índice registra queda de 2,5%. Segundo Marcelo Azevedo, gerente de análise econômica da CNI, desde o início do ano, os números vêm registrando oscilações. “O faturamento vem oscilando entre altos e baixos, mas as quedas são mais intensas que as altas. Então, apesar dessa alta que a gente vê no mês de agosto, a tendência que a gente vê no indicador é de queda. Ele mostra queda em relação a 2022. De uma forma geral, os indicadores de desempenho, como faturamento real, horas trabalhadas na produção e utilização da capacidade instalada, todos mostram perda de dinamismo há algum tempo, na verdade”, explica o gerente.

Apesar da preocupação com a atividade econômica, o nível de emprego apresenta um cenário mais otimista em 2023. Esse retrato tem reflexo na renda dos trabalhadores. “O emprego vem em forte recuperação ao longo de todo o ano de 2022, vem perdendo força, com alguns resultados levemente negativos, mas mantém o patamar acima do registrado no ano passado. A mesma coisa acontece com massa salarial e rendimento médio do trabalhador da indústria. Ele já vem mostrando quedas nesse ano, mas o ano passado foi muito forte e as altas em 2023 estão mais fortes que as quedas”, afirma o especialista. O rendimento médio real da indústria avançou 0,8% em relação ao mês anterior e 1,3% em relação a 2022. A massa salarial teve elevação de 0,9% em agosto. O emprego industrial registrou avanço de 0,4% em comparação a 2022, enquanto a utilização da capacidade instalada cresceu 0,1% no mês. Os Estados pesquisados correspondem a 90% do Produto Industrial Brasileiro.

Informações da Jovem Pan / Foto: Rodrigo Felix Leal/AEN-PR