Oposição critica corte no orçamento da segurança pública previsto pelo governo Lula para 2024
Os deputados da Frente Parlamentar de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado criticaram o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelos cortes planejados para segurança pública em 2024.
De acordo com levantamento do portal R7, o Planalto reduziu em R$ 780 milhões as verbas no orçamento destinadas à ações de segurança.
Para o presidente da comissão, o deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS), a redução representa um “verdadeiro desastre” para a segurança pública no país.
“Com a drástica diminuição no orçamento da segurança pública para 2024, o crime organizado agradece. Sabemos que em governos de esquerda o combate ao crime nunca foi prioridade, mas cortar numa única canetada mais de 30% dos recursos será um verdadeiro desastre para a população brasileira, que não aguenta mais tanta insegurança", critica.
Sanderson afirmou que a oposição vai cobrar do governo federal a readequação da verba para a segurança, mas não detalhou qual será a estratégia. "A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara irá cobrar o restabelecimento do orçamento, tesourado de forma irresponsável pelo governo Lula”.
O primeiro vice-presidente da comissão, deputado Alberto Fraga (PL-DF), também criticou o corte feito por Lula e ironizou as compras feitas pela primeira-dama Rosângela Silva, a Janja, em viagens no exterior.
Em outra área, de acordo com um estudo do Ministério da Defesa, a nova aeronave requisitada pelo governo para viagens presidenciais - o "Aerolula" - pode custar aproximadamente R$ 400 milhões.
“Quando a gente vê esse tipo e atitude, vemos que ele [Lula] não tem nenhum compromisso com a segurança do povo. Ele não tem o devido zelo. Esse corte mostra o desconhecimento da real situação que o povo passa", opina Fraga.
Já o deputado Junio Amaral (PL-MG) alerta que a redução promovida pelo governo petista pode enfraquecer as policias e fortalecer o crime organizado no país.
“Não vejo como nenhuma surpresa o corte [no orçamento da segurança pública], não apenas esse corte, mas nós podemos esperar para os próximos anos várias outras ações e omissões que enfraqueçam o combate à criminalidade, seja a criminalidade violenta, seja os crimes do cotidiano, crime contra a mulher, facções criminosas. Faz parte dos governos de esquerda relativizarem o crime e fragilizar as polícias, e não vai ser diferente agora”, afirma Amaral.
Ainda nesta segunda-feira, o deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) protocolou um pedido de convocação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. O objetivo é ouvi-lo sobre os cortes anunciados. A previsão é de que o requerimento seja votado nesta terça-feira (12).
Informações da Gazeta do Povo / Foto: Vinicius Loures / Câmara dos Deputados
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