02 de Maio de 2024

Outro líder político é assassinado no Equador pouco antes das eleições gerais

Pedro Briones, um líder do grupo político Revolución Ciudadana, associado ao ex-presidente do Equador Rafael Correa, foi assassinado nesta segunda-feira (14) por indivíduos supostamente ligados à facção criminosa Los Choneros, a maior do país. O crime ocorreu na cidade equatoriana de Esmeraldas, conforme informações divulgadas por fontes policiais ao jornal El Universo.

Esse incidente acontece menos de uma semana após o assassinato de Fernando Villavicencio, candidato à Presidência, por alegados membros do grupo Los Lobos, considerado a segunda maior organização criminosa do país. De acordo com relatos do Universo, Briones foi morto no parque da paróquia de San Mateo, após ser abordado por duas pessoas em uma motocicleta, que efetuaram dois disparos contra ele. O dirigente político foi levado ao hospital geral Delfina Torres de Concha, onde foi constatado que ele não tinha mais sinais vitais.

As lideranças do Revolución Ciudadana condenaram o ato e utilizaram as redes sociais para expressar sua indignação: “Mais um de nossos companheiros foi assassinado, em Esmeraldas. Basta!” A candidata à Presidência pelo grupo de Correa, Luisa González, também se manifestou através do Twitter, enfatizando a crescente violência no país: “O Equador vive seu período mais sangrento. Devemos isso ao completo abandono de um governo ineficiente e a um Estado controlado por máfias. Minhas condolências à família do companheiro Pedro Briones, vítima da violência. A mudança é urgente!”

O caso de Villavicencio chamou atenção por ser o primeiro assassinato de um candidato presidencial no Equador poucos dias antes das eleições gerais. No entanto, esse trágico episódio não é isolado, visto que outros políticos e candidatos também foram vítimas de assassinatos semelhantes, conforme relatado pelo site Infobae. No mês de julho anterior, o prefeito de Manta, Agustín Intriago, e o candidato à Assembleia por Esmeraldas, Ryder Sánchez, da aliança Actuemos, liderada pelo ex-vice-presidente Otto Sonnenholzner, foram assassinados por facções criminosas.

Essa série de homicídios reflete o aumento da violência que está ocorrendo no Equador, um país que registrou uma taxa de 25,32 homicídios por 100 mil habitantes no ano passado, a mais alta de sua história. O governo atribui esse cenário ao crime organizado e ao tráfico de drogas, que ganharam força principalmente na costa equatoriana, onde os portos têm sido usados como rotas para o transporte de cocaína para os Estados Unidos e a América Latina.

 

Informações da Gazzeta Brasil / Foto: Divulgação

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