Golpe no Níger: militares prendem ministros e líder do partido do presidente deposto
Nesta segunda-feira (31), o Partido da Democracia e do Socialismo do Níger (PNDS), partido presidencial do país, relatou que quatro ministros, um ex-ministro e o chefe do partido de Mohamed Bazoum, o Presidente eleito e deposto pelo golpe de Estado na quarta-feira, foram derrotados pelos golpistas.
Em meio a essa situação, o PNDS denunciou o aumento de detenções abusivas após o sequestro do Presidente da República, Mohamed Bazoum. Durante a manhã desta segunda-feira, o ministro do Petróleo, Mahamane Sani Mahamadou, filho do ex-presidente Mahamadou Issoufou, e o ministro das Minas, Ousseini Hadizatou, foram detidos. Além deles, também foi preso o presidente do Comité Executivo Nacional do PNDS, Fourmakoye Gado, conforme comunicado do partido. Seguiram-se as detenções do ministro do Interior e da Descentralização, Hama Amadou Souley, do ministro dos Transportes, Oumarou Malam Alma, e do deputado e ex-ministro da Defesa, Kalla Moutari.
O golpe ocorreu na quarta-feira à noite, quando militares afastaram o Presidente Mohamed Bazoum e o prenderam no palácio presidencial, sob a supervisão da Guarda Presidencial. O general Omar Abdourahmane Tchiani, líder dessa guarda, foi nomeado presidente do Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP), uma junta militar responsável pelo golpe.
No dia seguinte, o Exército do Níger manifestou apoio aos líderes do golpe e acusou a França, que possui 1.500 soldados no país, de violar o fechamento da fronteira ao aterrissar um avião militar no aeroporto internacional de Niamei, a capital.
A região do Sahel, onde estão localizados países como Níger, Burkina Faso e Mali, é fortemente afetada pela ameaça terrorista. Grupos como Boko Haram, Estado Islâmico e Al Qaeda exercem influência e impactam decisões políticas na região.
O Níger é um importante aliado dos países ocidentais no combate às insurgências islâmicas na África Ocidental, contando com a presença de diversas tropas estrangeiras, incluindo francesas e norte-americanas.
Informações da Gazeta Brasil / Foto: @cgtnenespanol
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