24 de Novembro de 2024

Haddad agrada mercado, enquanto Lula sabota governo e perde batalha para Campos Neto, o líder mais confiável

Nova pesquisa Quaest realizada com 94 fundos de investimentos em SP e Rio, por meio de entrevistas online, mostra que o mercado financeiro mudou sua percepção em relação ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad nos últimos dois meses. A avaliação positiva do ministro saltou de 26% para 65%, impactando na imagem geral do governo, cuja avaliação negativa caiu de 86% para 44%. Há um otimismo maior em relação à direção da economia (53%) e à melhora dos índices gerais nos próximos 12 meses. Apesar disso, os agentes financeiros estão do lado de Roberto Campos Neto na briga com Lula. Enquanto o presidente do Banco Central é considerado o líder político mais confiável do país (72% muito + 22% mais ou menos = 94%), o petista é o menos confiável (1% muito + 9% mais ou menos = 10%). 

Nesse ranking, Campos Neto é seguido por Tarcísio de Freitas (55% muito + 35% mais ou menos = 90%) e Romeu Zema (50% muito + 35% mais ou menos = 85%), formando um trio isolado. Haddad aparece granjeando a confiança total de apenas 13% dos operadores de mercado, mas com potencial (47% confiam mais ou menos), seguido de Arthur Lira (9% muito + 39% mais ou menos), Geraldo Alckmin (5% muito + 19% mais ou menos), Simone Tebet (4% muito + 27% mais ou menos), Rodrigo Pacheco (2% muito + 21% mais ou menos), Jair Bolsonaro (1% muito + 17% mais ou menos) e Jean Paul Prates (0% muito + 9% mais ou menos). Como se vê, o presidente da Petrobras é ainda visto com desconfiança geral, pois 97% avaliam que a política de preços da Petrobras está sendo influenciada por razões políticas, sendo considerada negativa por 63%.  

Em relação à condução da política monetária, 87% consideraram como correta a decisão do BC de manter a Selic e todos são unânimes (100%) na expectativa de que a taxa básica de juros vá cair ainda este ano, provavelmente ainda em agosto (92%). A percepção positiva sobre a gestão de Campos Neto chega a 86% e 71% se mostram muito preocupados com a futura indicação de Lula para o comando do órgão a partir de 2025. Quase a totalidade dos entrevistados (94%) avaliou como certa a manutenção da meta de inflação pelo Conselho Monetário Nacional e 81% concorda com a adoção do novo sistema de meta contínua, mas 45% ainda critica a política fiscal. A pesquisa Quaest também sondou a avaliação do mercado sobre a reforma tributária, que deve impactar positivamente (66%) o bem-estar das pessoas, com redução da guerra fiscal entre estados (77%), melhora dos resultados na indústria (71%) e influência na redução dos juros (54%). Por outro lado, 55% acreditam que o texto aprovado na Câmara terá impacto negativo no setor de comércio e serviços.

Em resumo, Lula ajudaria seu governo e o país se parasse de atacar Campos Neto e deixasse Haddad trabalhar com o Congresso no avanço das pautas econômicas.

 

Informações da Jovem Pan / Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Whatsapp

Ultimas notícias

Galeria

Bahia Farm Show apresenta exposição fotográfica sobre as belezas do Oeste da Bahia
Exposição aproximará startups agrícolas de investidores privados
Ver todas as galerias

Artigos