Os advogados Walfrido Warde Junior e Rafael Ramires Valim, que defendem o juiz Eduardo Appio, afastado da 13ª Vara Federal de Curitiba, doaram R$ 600 mil ao diretório nacional do PT neste ano de acordo com dados oficiais da Justiça Eleitoral.

Warde e Valim estão entre os três maiores doadores privados do partido, com R$ 400 mil e R$ 200 mil, respectivamente. Eles aparecem apenas atrás do empresário Rubens Ometto Silveira Mello, da Raízen Energia, que doou R$ 1 milhão ao PT (veja na íntegra).

Os dois advogados são sócios no escritório de advocacia que assumiu a defesa de Appio após ser afastado da 13ª Vara Federal de Curitiba por ter supostamente feito uma ligação telefônica ao filho do desembargador Marcelo Malucelli. Um laudo da Polícia Federal indicou a possibilidade do magistrado ter sido o autor do telefonema, mas uma perícia particular teria descartado esta conclusão.

Há quatro anos, Warde assinou um manifesto com outros 149 juristas em que criticou a divulgação de uma conversa telefônica entre a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2016, em que a então presidente pretendia empossá-lo como ministro da Casa Civil na tentativa de evitar uma eventual prisão.

O advogado ainda criticou o processo de impeachment da ex-presidente, alegando que o impedimento seria uma “ruptura” e sem fundamentos jurídicos. Warde ainda defendeu Dilma na ação que apurou irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras.

Já Rafael Valim fez parte da defesa de Lula quando cumpria prisão na sede da Polícia Federal em Curitiba e criticou a atuação do então juiz Sergio Moro na época.

Informações da Gazeta do Povo / Foto: André Coelho/EFE