O governador da Flórida, Ron DeSantis, oficializou sua candidatura à presidência dos Estados Unidos, estabelecendo um confronto com o ex-apoiador Donald Trump pela indicação do Partido Republicano para 2024.

A campanha de DeSantis apresentou um documento à Comissão Eleitoral Federal dos EUA confirmando sua candidatura à presidência na tarde de quarta-feira, horas antes de o governador fazer um anúncio público no Twitter. Ele há muito é considerado um dos principais candidatos à indicação republicana, atraindo a ira do ex-presidente Trump.

Horas depois de apresentar declarando sua candidatura, DeSantis deixou claras suas intenções ao lançar um vídeo oficial da campanha no Twitter antes de um bate-papo ao vivo com o proprietário da plataforma de mídia social, Elon Musk. 

“Precisamos de coragem para liderar e força para vencer”, disse DeSantis em seu vídeo de lançamento. “Sou Ron DeSantis e estou concorrendo à presidência para liderar nosso grande retorno americano.”

DeSantis se junta a um campo que, além de Trump, também inclui Nikki Haley, ex-embaixadora nas Nações Unidas e ex-governadora da Carolina do Sul por dois mandatos; o senador Tim Scott, da Carolina do Sul, uma estrela em ascensão no Partido Republicano e feroz arrecadador de fundos que acaba de declarar sua candidatura; e o ex-governador de Arkansas por dois mandatos, Asa Hutchinson. Também disputam a indicação o empresário multimilionário, autor de best-sellers e comentarista conservador Vivek Ramaswamy, o empresário de Michigan e candidato a governador em 2022, Perry Johnson, e o apresentador de rádio conservador e ex-candidato a governador da Califórnia, Larry Elder.

O sentimento do eleitor parecia estar tendendo a favor de DeSantis em novembro passado, depois que ele foi reeleito pela maior margem para um governador da Flórida em 40 anos e ajudou os candidatos ao Congresso na chapa republicana do estado a se saírem melhor do que o esperado. De fato, uma pesquisa de fevereiro do Yahoo/YouGov indicou que DeSantis tinha uma vantagem de 45% a 41% sobre Trump. Vários candidatos de destaque endossados ??por Trump nas eleições intermediárias do Congresso tiveram desempenho pior do que o esperado e perderam suas disputas.

No entanto, Trump viu um ressurgimento do apoio entre os eleitores republicanos desde que foi indiciado no mês passado na cidade de Nova York por acusações criminais de falsificação de registros comerciais. Uma pesquisa da CNN divulgada na quarta-feira mostrou que Trump é a primeira escolha de 53% dos eleitores republicanos para a indicação do partido em 2024, quase o dobro do total de 26% de DeSantis. Os dois homens estão muito à frente do resto do campo, incluindo o ex-vice-presidente Mike Pence e a ex-embaixadora da ONU Nikki Haley, ambos com 6% de apoio. Tim Scott, da Carolina do Sul, o único republicano negro no Senado dos Estados Unidos, entrou na corrida na sexta-feira.

Trump assumiu o crédito por eleger DeSantis como governador da Flórida em 2018 e apelidou seu ex-aliado de “Ron Desanctimonious”. Nas últimas semanas, o ex-presidente acusou DeSantis de ser “desleal” e um “RINO (republicano apenas no nome) globalista”.

DeSantis elevou seu perfil nacional ao enviar imigrantes ilegais para cidades controladas pelos democratas – chamando mais atenção para a crise de fronteira do país – e protestando contra os bloqueios do Covid-19 e os mandatos de vacinas. Ele também se envolveu em guerras culturais, assinando projetos de lei proibindo meninos biológicos de competir em esportes femininos e proibindo o ensino da teoria racial crítica nas escolas da Flórida.

Informações da Gazeta Brasil / Foto: Ron DeSantis