O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, não terão um encontro bilateral durante a cúpula dos líderes do G7, em Hiroshima, no Japão.

Zelensky disse que não se encontrou Lula “porque não houve providências” do presidente brasileiro.

Zelensky fez essa afirmação em entrevista coletiva ao ser questionado pela imprensa sobre o motivo de não ter mantido encontro bilateral com Lula em Hiroshima, já que foi um dos poucos líderes com quem não se encontrou frente a frente à margem do a cúpula do Grupo dos Sete e países convidados do chamado “sul global”.

“Estive em contato com alguns dirigentes, mas não houve nenhuma providência da parte deles”, revelou o presidente ucraniano , que também deu a entender que pode haver problemas de agenda.

Zelensky continuou sua explicação destacando a importância de “estarmos unidos” para avançar com sua fórmula de paz, que também apresentou na cúpula do G20 no ano passado em Bali (Indonésia).

“No passado trabalhamos muito bem e hoje precisamos envolver o maior número possível de países”, disse Zelensky, que também observou que gastou “muito tempo” nessas conversas. “Eu me encontro com quase todos em quase todos os lugares, embora todos os líderes tenham seus próprios horários e agendas”, enfatizou o presidente ucraniano.

Nos últimos meses, Lula esteve no centro da cena por sua posição sobre a invasão russa da Ucrânia. Sua postura de não condenar veementemente a invasão das tropas de Putin rendeu-lhe críticas de todo o mundo.

Zelensky se encontrou com todos os outros líderes

O ucraniano manteve uma intensa rodada de contatos bilaterais desde sua chegada a Hiroshima. Ele até conseguiu um encontro com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, que está mais perto de Moscou do que do Brasil.

Os bilaterais de Zelensky – que buscou mais apoio na forma de armas e outros tipos de ajuda para Kiev na cúpula, bem como apoio para seu plano de paz – também incluíram os líderes dos Estados Unidos, França, Itália, Reino Unido, Canadá , Austrália, Vietnã, Indonésia ou Coreia do Sul.

Informações da Gazeta Brasil / Foto: Reprodução/YouTube