Microfone Aberto conversa com especialista sobre neurocirurgia para Parkinson
O programa Microfone Aberto conversou na manhã desta terça-feira (4) com o Dr. Leonardo Avelar, neurocirurgião especialista em neurocirurgia para Parkinson.
Em conversa com o apresentado André Spínola, o médico explicou que Parkinson é uma doença neurodegenerativa que “é quando você começa a ter a doença, já tem os sintomas iniciais, mas ela vai progredindo ao longo da vida. Ocorre uma degeneração neuronal que leva à perda de função e, conseqüentemente, a piora dos sintomas”.
São várias situações clínicas, explica Leonardo. “É como se fossem várias doenças que provocam sintomas parecidos com a doença de parkinson. A doença de parkinson é a mais comum. Você pode ter pakinsonismo até por intoxicação medicamentosa. Você pode desenvolver uma doença como se fosse parkinson por intoxicação por remédio, por exemplo” explica.
Segundo o neurocirurgião, durante a entrevista, Parkinson é uma doença que também pode afetar pessoas jovens, embora a freqüência seja maior em pessoas idosas. “Pode acontecer em pessoas jovens, na terceira ou quarta década de vida, não é o mais comum, normalmente a gente encontra realmente na sexta ou sétima década de vida acontecendo com muito mais freqüência, mas é possível uma forma de apresentação mais precoce”.
Cirurgia de estimulação cerebral profunda
O pilar do tratamento é a medicação, mas por curiosidade, segundo Avelar, a primeira forma de tratamento que existiu foi a cirúrgica. “A cirurgia veio antes da forma medicamentosa do tratamento, mas quando se descobriram as formas de remédios, que deram a dopamina para o nosso corpo, que os neurônios passam a não produzir mais achou que acabou. Com o passar do tempo mesmo com a medicação os sintomas tendem a piorar e a medicação tende a perder o efeito”, disse.
“O que é essa estimulação profunda? A gente coloca um elétrodo como se fosse notificar os circuitos. É como se fosse um pedacinho de metal que vai gerar um campo elétrico, você vai dar um choque elétrico naquele local. Ao dar o choque você vai promover uma mudança naquele setor e isso pode favorecer um movimento. Isso vai favorecer a ação que você está buscando”, explicou o médico.
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