PCC usou ‘circuito fechado’ para despistar investigações de ação contra Moro
O Primeiro Comando da Capital (PCC) usou uma técnica de “circuito fechado” em uma tentativa de despistar qualquer investigação por parte da Polícia Federal contra o plano de sequestrar e matar o senador Sergio Moro (União Brasil-PR). O ato consiste na troca de números telefônicos em períodos inferiores aos 15 dias previstos por lei, de acordo com a polícia.
Nas anotações dos criminosos, todos os contatos possuíam datas indicadas em sua frente. Apenas um número de telefone não tinha a data — o único com o DDD 41, do Paraná. Segundo o despacho da juíza federal Gabriela Hardt, nove contatos foram usados pelos criminosos.
Os números estavam registrados em nome dos integrantes da facção. Entre eles, Janeferson Aparecido Mariano, que seria o mandante da morte de Moro, e de sua mulher, Aline Maria Paixão.
Os criminosos usavam o aplicativo de mensagens WhatsApp para trocar informações sobre a família do ex-juiz da Lava Jato, como os lugares que eles frequentavam, e combinar os ataques.
Além disso, eles anotavam e compartilhavam todos os gastos que tinham para trabalhar no plano da morte do senador, sendo aluguéis de carros e de imóveis. “Vale ressaltar que a capacidade bélica dos criminosos é notória, tendo sido obtidas diversos registros fotográficos de armas variadas”, informou a juíza.
A fim de despistar a polícia, os criminosos também se referiam a Moro como “Tókio (sic)” e ao plano de matá-lo como “Flamengo”. Todas as informações mencionadas pela magistrada foram divulgadas por um ex-integrante do PCC, que manteve sua identidade reservada.
Informações da Revista Oeste / Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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