Infectologista alerta sobre os cuidados com o aumento no casos de dengue
Apenas de dengue, as notificações cresceram 43,8% até março deste ano em comparação ao mesmo período de 2022. No caso de chikungunya, o aumento foi de 97% e os registros de zika cresceram de 883 para 1.194 na comparação de janeiro a final de fevereiro deste ano com os mesmos meses de 2022.
As informações são do Ministério da Saúde que anunciou a instalação do Centro de Operações de Emergências (COE Arboviroses), com o objetivo de monitorar mortes e casos graves de dengue, zika e chikungunya. Para falar sobre esses dados alarmantes, André Spínola, apresentador do Microfone Aberto, conversou nesta quarta-feira com a médica infectologista Clarissa Cerqueira.
“A gente vem percebendo nos últimos dias o aumento importante no número de casos tanto de dengue quanto de chikungunya nos números e também na prática. Uma quantidade grande de pessoas está sendo internadas por conta da dengue e a gente já vem percebendo”, alertou a médica.
Segundo a infectologista, já foi provado que o mosquito pode transmitir essas três doenças ao mesmo tempo. “Quando a gente fala nesses quadros, eu posso dizer o seguinte: a dengue em uma forma mais aguda, logo quando o paciente adoece, é a doença que mais preocupa porque é a doença que poder dar nessa fase mais inicial um quadro de gravidade. Já a chikungunya é uma doença que na fase aguda deixando o paciente com febre, não é um quadro de gravidade tão importante quanto a dengue. A chikungunya é uma doença que mesmo depois que passa a febre o paciente pode ter dores articulares, dores no corpo muito importante, e pode demorar muito tempo, até meses para passar. Já a zica, das três doenças, no home e na mulher não grávida, eu posso dizer que é uma doença mais simples. Porém se a mulher estiver grávida tem risco muito alto de o bebê nascer com problemas de microcefalia”, lembrou Clarissa Cerqueira.
Ainda comentando sobre mulheres gestantes, a médica afirmou que essa categoria necessita aumentar os cuidados preventivos para evitar a doença e uma das dicas seria a utilização de repelente. “O principal cuidado é o uso diário de repelente. O repelente atua pelo cheiro, então ele tem que ser passado nas áreas do corpo expostas. Evitar hidratantes fortes porque esse tipo de cheio atrai e o calor também atrai. O calor, por exemplo, interfere até na cor da roupa. Roupas muito escuras elas tendem atrair mais o mosquito do que roupas mais claras. Então fazer o uso do repelente e seguir essas orientações mais adequadas são medidas de prevenção que a gente tem”.
Por se tratar de uma virose e ainda não ter disponível antiviral para tratar essas doenças, a médica afirma ser necessário trata os sintomas e redobra a atenção nos sintomas.
O paciente também, segundo a infectologista, precisa ficar atendo aos sinais que possivelmente possam ser da denque e buscar ajuda médica com urgência. “Quais são esses sinais? Primeiro: algum tipo de sangramento, nariz começou a sangrar, boca com gosto de sangue ou teve algum sangramento do tipo, isso é um sinal de alarme para dengue. O paciente que está muito irritado ou muito sonolento também é um sinal de alarme. A pessoa que tem vomito intermitente e não consegue se alimentar também é um sinal de alarme. Dor muito forte na barriga também é sinal de alarme. Por último, uma pressão mais baixa ou tontura de que quer desmaiar isso é outro sinal de alarme”.
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