23 de Novembro de 2024

A importância da reposição hormonal é tema de entrevista no programa Microfone Aberto

O programa Microfone Aberto desta quinta-feira (19) conversou com médico ginecologista e obstetra Vinícius Carruego sobre reposição hormonal. O médico, que é especialista em ginecologia minimamente invasiva comentou sobre a importância do procedimento para os homens e mulheres que pretender manter uma vida ativa e mais saudável no dia a dia.

Durante muito tempo a reposição hormonal foi estigmatizada porque as pessoas não conheciam e, principalmente, por conta da forma indiscriminada que o procedimento era realizado por algumas pessoas. “Hoje a gente sabe que para alcançar uma longevidade, ou seja, idade avançada com qualidade de vida e livre de doenças, a reposição hormonal é essencial. A gente sabe que além de promover uma maior qualidade de vida entre homens e mulheres, sexual, no trabalho, cognitiva a reposição hormonal também é muito importante para prevenção. Prevenção de doenças que antigamente a gente achava que a reposição hormonal causava, mas na verdade ela previne, como o câncer de próstata e o câncer de mama”, explicou o médico nos microfones da Rádio Massa FM.

Segundo Carruego, a partir dos 40 anos a testosterona da mulher vai caindo e já começa a apresentar sintomas como dificuldade de dormir, queda da disposição sexual, queda da memória, entre outros, daí a necessidade de realizar o procedimento. “Então a partir dos 40 geralmente a gente inicia a reposição e em torno dos 50, que há a menopausa propriamente dita, aquele período em que a mulher para de menstruar, começa a sentir calorões, a vagina começa a ficar ressecada, a gente começa a reposição de estradiol, sempre associada à reposição de testosterona” disse o profissional.

Já nos homens, segundo o médico, isso é muito variado, principalmente ao estilo de vida. “O homem que tem estilo de vida mais atlético, consome poucos alimentos industrializados, perde pouco a noite, bebe menos, não fuma, esse homem tende a cair a testosterona mais tarde, por cerca dos 50 anos. Já os homens estressados, sedentários e que bebem demais, com 30 anos a testosterona começa a cair e aí a gente sabe que deixar o homem no quartinho inferior da testosterona ou até abaixo dos níveis laboratoriais isso tem prejuízo gigante na saúde desses homens, então a gente já deve começar a reposição de testosterona assim que o homem começar a apresentar essa queda e sintomas, quando bate a indisposição. Baixa libido, dificuldade de ereção, perca da ereção matinal a gente já pode começa a reposição da testosterona masculina”.

Questionado pelo apresentador André Spínola sobre a real eficácia de alguns produtos naturais que na maioria das vezes prometem efeito similar da reposição hormonal, Vinícius Carruego afirmou que realmente eles podem ter alguma ação sim, mas jamais vão poder substituir hormônios. “A gente não chama hormônio de medicamento, principalmente da forma em que a gente repõe os hormônios hoje, porque a gente só pode chamar de medicamento aquilo que o nosso corpo não produz. Hoje eu tenho tecnologia suficiente para oferecer aos pacientes, não só a mesma molécula em que eles produziram a vida inteira, o que a gente chama de hormônios bioidênticos, como eu consigo simular muito também a liberação com que o ovário e o testículo fizeram toda a vida da mulher e do homem respectivamente, através da tecnologia de implantes hormonais”, esclareceu.

Ainda, ao final da entrevista, o médico fez questão de deixar um alerta sobre a importância do acompanhamento de um profissional especializado para a realização desse procedimento. “A presença do médico, e o médico enxergando o paciente como um todo, é superimportante. Na medicina a gente já perdeu ou atrasou diversas terapias bem feitas por causa de uso indiscriminado da substancia. Quem trabalha com reposição hormonal, além de fazer faculdade, residência médica, ainda estuda especificamente todos os dias a respeito de reposição hormonal. Às vezes a gente precisa prepara o paciente para usar os hormônios, emagrecer, diminuir inflamação, corrigir um pouco os hábitos de vida para que esse hormônio chegue na hora certa e consiga oferecer o que ele tem de melhor”, alertou.

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