Médico Urologista fala sobre a obstrução do trato urinário e como prevenir
Abordando o tema da saúde masculina, o programa Microfone Aberto, da Rádio Massa FM, sob o comando do apresentador André Spínola, conversou nesta segunda-feira (16) com o Médico urologista Dr. Wilson Bastos sobrea a obstrução do trato urinário.
A obstrução do trato urinário pode ser classificada de duas formas: a obstrução baixa, que é a mais comum, que vemos no dia a dia nas emergências, que os paciente que não conseguem urinar e não conseguem esvaziar a sua bexiga, mas Bastos explica que também existem outras doenças que causam a obstrução.
“Existem outras doenças também que podem causar essa obstrução do trato urinário inferior, como o câncer de próstata, que é uma doença muito comum em nossa população, a gente está cada vez mais ouvindo no dia a dia as informações a respeito dessa doença que se tornou, infelizmente, muito comum em nosso meio, são quase 70 mil novos casos de câncer de próstata no Brasil por ano, então uma patologia muito frequente e ela também é uma das responsáveis pela obstrução”, explica o médico.
Ainda, segundo ele, existe também a obstrução urinária alta que é justamente quando o paciente tem uma dificuldade na drenagem da urina produzida pelos rins, ou seja, uma obstrução entre o rim e bexiga, além dos cálculos renais que são bem mais comuns. “Aí vem outra doença muito comum em nossa população que são os cálculos renais, as famosas pedras renais. Geralmente o indivíduo que tem o cálculo renal, quando ele sofre aquela cólica, uma dor bastante intensa que geralmente faz com que o paciente procure uma unidade de emergência para ser atendido é justamente um processo de obstrução”.
O urologista também explicou que existe uma patologia que é muito comum entre a população baiana por conta do calor no nordeste do país e por questão genética. “A gente tem a superior, que é causada por cálculos renais, principalmente. É a principal patologia que é muito frequente na nossa população baiana por diversos motivos. Pela nossa constituição genética e pelo nosso calor do nordeste brasileiro que faz com que a gente sofra um processo de desidratação e a gente está no verão e o verão faz com que a gente realmente perca mais liquido e aumente a incidência dos cálculos renais” disse o médico.
O especialista também explicou, durante a entrevista que em relação ao diagnóstico da obstrução urinária baixa o importante é sempre realizar a consulta com o médico urologista, pois é esse profissional que vai direcionar quais os exames mais pertinentes.
Já em relação ao prognostico, vai depender de cada caso. Tem indivíduos com a próstata crescida que vai precisar tomar apenas uma medicação, tem outros que já vão precisar usar uma medicação um pouco mais forte e tem alguns que vão precisar de um processo cirúrgico mais emergencial, embora o prognostico n maioria das vezes é positivo.
“De tal forma que o prognostico geralmente é um bom prognostico e hoje, com as tecnologias, com os novos aparelhos, com os novos exames e isso tem se tornado cada vez mais factível de ser realizado com uma forma minimamente invasiva, como os procedimentos endoscópicos, ou seja, aqueles que não precisam de corte, que possibilita uma recuperação muito mais rápida, muito mais prática e menos agressão ao organismo”, enfatizou.
Assim como outras doenças, Dr. Wilson Bastos deixou claro que o ideal sempre será a prevenção por meio de consultas periódicas. “A nossa melhor arma é a prevenção. Cada dia que passa a gente observa que muitas doenças, não só as doenças urológicas, mas doenças cardiológicas, dentre outras mais pode facilmente prevenir através de exames periódicos, indo ao seu médico clínico, seu médico cardiologista, de certa forma fazendo seus exames básicos uma vez por ano”, alertou.
Em relação ao cálculo renal, segundo ele, “o indivíduo que faz o acompanhamento regular ele faz o exame de ultrassom, ele vê como é que estão esses cálculos, começa um tratamento seja a base de dieta, uma melhora na hidratação ou até um procedimento cirúrgico”.
Tratamento
Antes de comentar sobre o tratamento, o médico explicou existem dois padrões de obstrução: o alto e o baixo. “O baixo, como eu disse geralmente a nossa doença principal é a hiperplasia, o tratamento vai ser baseado em medicações ou procedimento cirúrgico. Então isso vai depender de cada indivíduo e de cada situação em que ele se encontra. Em relação ao tratamento da hiperplasia hoje a gente tem uma gama imensa de medicações que traz um resultado clínico extremamente satisfatório, ou seja, os pacientes conseguem melhorar o seu fluxo urinário. Quando o indivíduo tem uma próstata muito grande e dificuldade em urinar, infelizmente ele terá que ser encaminhado para cirurgia”.
Bastos também comentou que existem tratamento à base de medicamentos. “Quando a gente fala em obstrução do trato urinário superior, que é o caso dos cálculos renais, aí nós já temos uma indicação que é um tratamento à base medicações para relaxar a musculatura do trato urinário e conseguir eliminar os cálculos quando eles são menores e quando eles são maiores a gente já tem um tratamento cirúrgico minimamente invasivo também, endoscópico”, afirmou, completando que nos casos que necessitam de cirurgias, geralmente são atos cirúrgicos que agridem pouco o organismo e que conseguem resolver de forma bastante efetiva. “Geralmente resolvem a vida do indivíduo e possibilita que volte cedo com as suas atividades e suas funções”.
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