Trump envia navios de guerra para Venezuela por promessa de combate às drogas

Os&nbsp;Estados Unidos&nbsp;est&atilde;o enviando tr&ecirc;s contratorpedeiros com m&iacute;sseis guiados Aegis para as &aacute;guas ao largo da&nbsp;Venezuela, como parte dos esfor&ccedil;os do presidente&nbsp;Donald Trump&nbsp;para combater as amea&ccedil;as dos cart&eacute;is de drogas latino-americanos, de acordo com um funcion&aacute;rios americanos informados sobre o plano. O USS Gravely, o USS Jason Dunham e o USS Sampson devem chegar em breve, disse o funcion&aacute;rio, que n&atilde;o estava autorizado a comentar e conversou com a ag&ecirc;ncia The Associated Press nesta ter&ccedil;a-feira, 19, sob condi&ccedil;&atilde;o de anonimato. Um funcion&aacute;rio do Departamento de Defesa confirmou que os navios foram designados para a regi&atilde;o em apoio aos esfor&ccedil;os de combate &agrave;s drogas. O funcion&aacute;rio disse que os navios seriam enviados para permanecer &ldquo;ao longo de v&aacute;rios meses&rdquo;.

A implementa&ccedil;&atilde;o de contratorpedeiros e pessoal dos EUA ocorre no momento em que Trump pressiona pelo uso das For&ccedil;as Armadas dos EUA para impedir os cart&eacute;is que ele culpa pelo fluxo de fentanil e outras drogas il&iacute;citas nas comunidades americanas e pela perpetua&ccedil;&atilde;o da viol&ecirc;ncia em algumas cidades dos EUA. Trump tamb&eacute;m pressionou a presidente mexicana&nbsp;Claudia Sheinbaum&nbsp;a cooperar mais em mat&eacute;ria de seguran&ccedil;a do que seu antecessor, sendo mais agressiva na persegui&ccedil;&atilde;o aos cart&eacute;is mexicanos. Mas ela tra&ccedil;ou uma linha clara quando se trata da soberania do M&eacute;xico, rejeitando sugest&otilde;es de Trump e outros de interven&ccedil;&atilde;o das For&ccedil;as Armadas dos EUA.

Em fevereiro, Trump designou o Tren de Aragua da Venezuela, o MS-13 em El Salvador e seis grupos baseados no M&eacute;xico como organiza&ccedil;&otilde;es terroristas estrangeiras. O governo republicano tamb&eacute;m intensificou a fiscaliza&ccedil;&atilde;o da imigra&ccedil;&atilde;o contra supostos membros de gangues. A designa&ccedil;&atilde;o &eacute; normalmente reservada para grupos como a al-Qaeda ou o Estado Isl&acirc;mico, que usam a viol&ecirc;ncia para fins pol&iacute;ticos &ndash; n&atilde;o para redes criminosas focadas em dinheiro, como os cart&eacute;is latino-americanos. Mas o governo Trump argumenta que as conex&otilde;es internacionais e as opera&ccedil;&otilde;es dos grupos &ndash; incluindo tr&aacute;fico de drogas, contrabando de migrantes e a&ccedil;&otilde;es violentas para expandir seu territ&oacute;rio &ndash; justificam a designa&ccedil;&atilde;o.

O Minist&eacute;rio da Comunica&ccedil;&atilde;o da Venezuela n&atilde;o respondeu imediatamente a um pedido de coment&aacute;rio. Na segunda-feira, 18, o ditador venezuelano Nicol&aacute;s Maduro disse que os EUA aumentaram suas amea&ccedil;as contra a Venezuela e anunciou que iria ordenar a mobiliza&ccedil;&atilde;o de mais de 4,5 milh&otilde;es de milicianos em todo o pa&iacute;s. Composta por aproximadamente 5 milh&otilde;es de reservistas, segundo dados oficiais, a Mil&iacute;cia foi criada pelo ditador Hugo Ch&aacute;vez, morto em 2013, e tornou-se posteriormente um dos cinco componentes da For&ccedil;a Armada Nacional Bolivariana (FANB).

&ldquo;O imp&eacute;rio enlouqueceu e renovou suas amea&ccedil;as &agrave; paz e &agrave; tranquilidade da Venezuela&rdquo;, disse Maduro em um evento em Caracas, sem mencionar nenhuma a&ccedil;&atilde;o espec&iacute;fica. No in&iacute;cio deste m&ecirc;s, o governo Trump anunciou que dobraria para US$ 50 milh&otilde;es a recompensa pela pris&atilde;o de Maduro, acusando-o de ser um dos maiores narcotraficantes do mundo e de trabalhar com cart&eacute;is para inundar os EUA com coca&iacute;na misturada com fentanil.

Maduro foi indiciado em um tribunal federal de Nova York em 2020, durante o primeiro mandato de Trump, junto com v&aacute;rios aliados pr&oacute;ximos, sob acusa&ccedil;&otilde;es federais de narcoterrorismo e conspira&ccedil;&atilde;o para importar coca&iacute;na. Na &eacute;poca, os EUA ofereceram uma recompensa de US$ 15 milh&otilde;es por sua pris&atilde;o.

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Com informa&ccedil;&otilde;es do Estad&atilde;o Conte&uacute;do / Foto:&nbsp;Reprodu&ccedil;&atilde;o/YouTube White House

Trump anuncia que prepara reunião entre Zelensky e Putin para acordo de paz na Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira que come&ccedil;ou a organizar uma c&uacute;pula entre os presidentes da R&uacute;ssia, Vladimir Putin, e da Ucr&acirc;nia, Volodymyr Zelensky, seguida de uma reuni&atilde;o trilateral na qual ele pr&oacute;prio participaria.

&ldquo;Al concluir las reuniones, llam&eacute; al presidente Putin e inici&eacute; los preparativos para una reuni&oacute;n, en un lugar a determinar, entre el presidente Putin y el presidente Zelensky&rdquo;, declarou Trump ap&oacute;s receber Zelensky e l&iacute;deres europeus na Casa Branca.

&ldquo;Depois dessa reuni&atilde;o, teremos uma trilateral, na qual participariam os dois presidentes e eu&rdquo;, acrescentou.

Segundo o Kremlin, Trump e Putin discutiram a &ldquo;ideia&rdquo; de um di&aacute;logo direto entre Ucr&acirc;nia e R&uacute;ssia. &ldquo;Vlad&iacute;mir Putin e Donald Trump expressaram apoio &agrave; continuidade das negocia&ccedil;&otilde;es diretas entre as delega&ccedil;&otilde;es da R&uacute;ssia e da Ucr&acirc;nia. Nesse sentido, foi levantada a necessidade de estudar a possibilidade de elevar o n&iacute;vel dos representantes das partes ucraniana e russa, ou seja, daqueles que participam dessas negocia&ccedil;&otilde;es diretas&rdquo;, afirmou o funcion&aacute;rio do Kremlin, Yuri Ushakov, citado pela ag&ecirc;ncia TASS.

Trump tamb&eacute;m afirmou que a Europa poderia oferecer garantias de seguran&ccedil;a &agrave; Ucr&acirc;nia como parte de um poss&iacute;vel acordo de paz com a R&uacute;ssia, no qual Washington desempenharia papel de coordena&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Na reuni&atilde;o, discutimos sobre as garantias de seguran&ccedil;a para a Ucr&acirc;nia, sobre quais poderiam oferecer os diferentes pa&iacute;ses europeus, em coordena&ccedil;&atilde;o com os Estados Unidos&rdquo;, escreveu Trump em sua rede Truth Social.

Durante o encontro, Trump mencionou a necessidade de debater o &ldquo;interc&acirc;mbio de territ&oacute;rios&rdquo;, proposta lan&ccedil;ada pelo presidente russo na semana passada em Alaska, que implicaria a cess&atilde;o de soberania de regi&otilde;es como Donetsk e Lugansk para a R&uacute;ssia. No entanto, Kiev declarou que considera essa proposta intoler&aacute;vel e inconstitucional segundo a Carta Magna ucraniana.

Zelensky elogia reuni&otilde;es e defende seguran&ccedil;a da Ucr&acirc;nia

O presidente ucraniano classificou as conversas com Trump como &ldquo;boas&rdquo; e &ldquo;construtivas&rdquo;. Durante o encontro, Zelensky destacou a import&acirc;ncia das garantias de seguran&ccedil;a para a Ucr&acirc;nia e o retorno das crian&ccedil;as ucranianas que permanecem fora do pa&iacute;s.

&ldquo;A seguran&ccedil;a da Ucr&acirc;nia depende dos Estados Unidos e dos l&iacute;deres europeus. Todos n&oacute;s queremos acabar com a guerra, parar a R&uacute;ssia e parar a guerra&rdquo;, afirmou Zelensky, acrescentando que os pa&iacute;ses aliados &ldquo;ajudaram muito&rdquo; e celebrando a &ldquo;grande unidade&rdquo; demonstrada durante o encontro.

Zelensky tamb&eacute;m anunciou que pretende avan&ccedil;ar na resolu&ccedil;&atilde;o de &ldquo;temas delicados, os territoriais&rdquo;, que ser&atilde;o discutidos em futura reuni&atilde;o trilateral com o presidente russo. Trump, segundo o ucraniano, se mostrou disposto a organizar o encontro, afirmando que participaria &ldquo;se ambos os pa&iacute;ses &mdash; tanto Ucr&acirc;nia quanto R&uacute;ssia &mdash; desejarem&rdquo; sua presen&ccedil;a.

Apoio internacional e pr&oacute;ximos passos

O chanceler alem&atilde;o, Friedrich Merz, considerou a reuni&atilde;o entre Zelensky e Trump em Washington como &ldquo;frut&iacute;fera&rdquo;, destacando que &ldquo;os pr&oacute;ximos passos s&atilde;o os mais complexos&rdquo; e ressaltando a necessidade de um alto o fogo antes da pr&oacute;xima reuni&atilde;o trilateral.

O secret&aacute;rio-geral da OTAN, Mark Rutte, agradeceu a Trump por &ldquo;superar o impasse&rdquo; no di&aacute;logo com a R&uacute;ssia, destacando a abertura de negocia&ccedil;&otilde;es entre Kiev e Moscou como avan&ccedil;o. &ldquo;Temos que parar as mortes. Temos que parar a destrui&ccedil;&atilde;o da infraestrutura ucraniana&rdquo;, disse.

A primeira-ministra da It&aacute;lia, Giorgia Meloni, classificou o encontro como &ldquo;um dia importante&rdquo; ap&oacute;s quase tr&ecirc;s anos sem sinais de di&aacute;logo russo. J&aacute; o presidente da Finl&acirc;ndia, Alexander Stubb, e o primeiro-ministro brit&acirc;nico, Keir Starmer, destacaram que as &uacute;ltimas semanas trouxeram mais progresso para o fim da guerra do que todo o per&iacute;odo anterior.

A presidente da Comiss&atilde;o Europeia, Ursula von der Leyen, celebrou a reuni&atilde;o, sublinhando a necessidade de &ldquo;assegurar que as crian&ccedil;as regressem &agrave; Ucr&acirc;nia com suas fam&iacute;lias&rdquo; e defendendo &ldquo;uma paz justa e duradoura&rdquo;.

O presidente da Fran&ccedil;a, Emmanuel Macron, refor&ccedil;ou a import&acirc;ncia de organizar um encontro trilateral entre Ucr&acirc;nia, R&uacute;ssia e Estados Unidos, acrescentando que seria necess&aacute;rio ampliar o di&aacute;logo para uma reuni&atilde;o quadrilateral, devido ao impacto das garantias de seguran&ccedil;a em &ldquo;toda a seguran&ccedil;a do continente europeu&rdquo;.

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Com informa&ccedil;&otilde;es da EFE e Europa Press / Foto:&nbsp;Montagem/ Gazeta Brasil

Bolívia escolherá presidente em 2º turno entre dois candidatos de direita e encerra domínio da esquerda após 20 anos

Em uma reviravolta nas elei&ccedil;&otilde;es presidenciais da Bol&iacute;via, o candidato Rodrigo Paz, do Partido Democrata Crist&atilde;o (PDC), surpreendeu e lidera a vota&ccedil;&atilde;o com 32% dos votos, segundo a contagem r&aacute;pida oficial com 91,4% das urnas apuradas. Ele &eacute; seguido pelo ex-presidente Jorge &ldquo;Tuto&rdquo; Quiroga, do Libre, que obteve 26,9%. Com a tend&ecirc;ncia, os dois candidatos se enfrentar&atilde;o no pr&oacute;ximo dia 19 de outubro no primeiro segundo turno presidencial da hist&oacute;ria do pa&iacute;s.&nbsp;

O resultado representa uma derrota para o candidato Samuel Doria Medina, que liderava as pesquisas, e ficou em terceiro lugar com 19,9%. O candidato da esquerda, Andr&oacute;nico Rodr&iacute;guez, aparece em quarto lugar com 8%. J&aacute; o candidato do partido governista, o Movimento ao Socialismo (MAS), Eduardo Del Castillo, obteve apenas 3,1% dos votos, confirmando o fim de uma hegemonia de quase 20 anos da esquerda no poder.

Os dados s&atilde;o do Sistema de Resultados Preliminares (Sirepre) do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), que n&atilde;o s&atilde;o definitivos, mas servem para informar a popula&ccedil;&atilde;o. A lei eleitoral boliviana exige que o candidato obtenha mais de 50% dos votos ou, no m&iacute;nimo, 40% com dez pontos de vantagem sobre o segundo colocado para vencer em primeiro turno.

A elei&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m foi marcada por uma campanha in&eacute;dita a favor do voto nulo, impulsionada pelo ex-presidente Evo Morales (2006-2019), em protesto &agrave; sua inabilita&ccedil;&atilde;o para concorrer. A jornada eleitoral transcorreu normalmente, apesar de incidentes isolados, como a detona&ccedil;&atilde;o de uma bomba em um local de vota&ccedil;&atilde;o em Cochabamba, onde Andr&oacute;nico Rodr&iacute;guez votava. Ningu&eacute;m ficou ferido.

Os dados s&atilde;o do Sistema de Resultados Preliminares (Sirepre) do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), que n&atilde;o s&atilde;o definitivos, mas servem para informar a popula&ccedil;&atilde;o. A lei eleitoral boliviana exige que o candidato obtenha mais de 50% dos votos ou, no m&iacute;nimo, 40% com dez pontos de vantagem sobre o segundo colocado para vencer em primeiro turno.

A elei&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m foi marcada por uma campanha in&eacute;dita a favor do voto nulo, impulsionada pelo ex-presidente Evo Morales (2006-2019), em protesto &agrave; sua inabilita&ccedil;&atilde;o para concorrer. A jornada eleitoral transcorreu normalmente, apesar de incidentes isolados, como a detona&ccedil;&atilde;o de uma bomba em um local de vota&ccedil;&atilde;o em Cochabamba, onde Andr&oacute;nico Rodr&iacute;guez votava. Ningu&eacute;m ficou ferido.

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Informa&ccedil;&otilde;es da Gaeta Brasil&nbsp; / Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o

Zelensky admite ceder territórios para encerrar guerra

O presidente da Ucr&acirc;nia, Volodymyr Zelensky, declarou pela primeira vez que pode ceder &agrave; R&uacute;ssia parte do territ&oacute;rio de seu pa&iacute;s a fim de encerrar a guerra.

Ap&oacute;s reuni&atilde;o com a presidente da Comiss&atilde;o Europeia, Ursula von der Leyen, em Bruxelas, neste domingo (17) Zelensky declarou que&nbsp;&ldquo;&eacute; preciso ter negocia&ccedil;&otilde;es reais&rdquo;,&nbsp;sugerindo pela primeira vez a possibilidade de iniciar um di&aacute;logo de paz com base na atual linha de frente.

&ldquo;Isso significa que podemos come&ccedil;ar por onde est&aacute; a linha de frente agora&rdquo;,&nbsp;afirmou o l&iacute;der ucraniano.

A visita de Zelensky &agrave; sede da Uni&atilde;o Europeia teve como principal objetivo angariar apoio pol&iacute;tico e econ&ocirc;mico em meio ao avan&ccedil;o das for&ccedil;as russas no leste do pa&iacute;s.

Em paralelo, o presidente russo, Vladimir Putin, esteve nos Estados Unidos na &uacute;ltima sexta-feira (15), onde se reuniu com o presidente Donald Trump para discutir os rumos do conflito.

Embora o encontro entre Putin e Trump n&atilde;o tenha resultado em um cessar-fogo, o l&iacute;der norte-americano indicou disposi&ccedil;&atilde;o para promover um acordo de paz duradouro, mesmo que isso envolva concess&otilde;es territoriais por parte da Ucr&acirc;nia.

A sugest&atilde;o de cess&atilde;o de territ&oacute;rios tem potencial para agradar Moscou. A R&uacute;ssia controla hoje mais de 400 km&sup2; nas regi&otilde;es de Sumi e Kharkiv, al&eacute;m das quatro &aacute;reas oficialmente anexadas &mdash; Donetsk, Lugansk, Zapor&iacute;jia e Kherson &mdash; e a pen&iacute;nsula da Crimeia, ocupada desde 2014.

Apesar da ocupa&ccedil;&atilde;o russa, cerca de 6.600 km&sup2; da regi&atilde;o de Donetsk permanecem sob dom&iacute;nio ucraniano, mas est&atilde;o sob press&atilde;o constante de avan&ccedil;os militares russos.

Zelensky tamb&eacute;m pode se reunir com Trump nos pr&oacute;ximos dias, em uma tentativa de influenciar as negocia&ccedil;&otilde;es e garantir que qualquer eventual acordo contemple interesses ucranianos m&iacute;nimos, como seguran&ccedil;a territorial e soberania pol&iacute;tica.

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Informa&ccedil;&otilde;es do Di&aacute;rio do Poder /&nbsp;Foto: Rprodu&ccedil;&atilde;o/CNN

Bolívia vai às urnas com direita favorita e 23% dos votos indefinidos

A&nbsp;Bol&iacute;via&nbsp;vai &agrave;s urnas neste domingo (17) para eleger o novo presidente do pa&iacute;s e renovar o Parlamento de 130 deputados e 36 senadores. Candidatos da direita seguem favoritos, e cerca de 23% dos votos indefinidos trazem incertezas quanto ao resultado final do pleito. Ex-presidente da Bol&iacute;via em 2001 e 2002, Jorge &ldquo;Tuto&rdquo; Quiroga, considerado de uma direita mais radical, tem aparecido &agrave; frente nas pesquisas, seguido por Samuel Doria Medina, considerado de direita mais moderada. Com cerca de 12 milh&otilde;es de pessoas, a na&ccedil;&atilde;o andina faz fronteira com quatro estados brasileiros.

O racha no Movimento ao Socialismo (MAS) &ndash; partido que lidera o pa&iacute;s desde 2006 &ndash; pode consolidar o fim do ciclo de governos de esquerda no pa&iacute;s sul-americano que j&aacute; dura 19 anos. O ex-presidente Evo Morales, impedido de participar do pleito, vem pregando o voto nulo. Nesse cen&aacute;rio, os principais candidatos ligados &agrave; esquerda aparecem mais atr&aacute;s nas pesquisas, ambos desgastados pela associa&ccedil;&atilde;o com o MAS &ndash; h&aacute; quase 20 anos no poder em meio a uma persistente crise econ&ocirc;mica.

Os candidatos da esquerda s&atilde;o Andr&oacute;nico Rodr&iacute;guez, atual presidente do Senado, e Eduardo del Castillo, ex-ministro do atual governo de Luis Arce, do MAS, que desistiu de se reeleger em meio &agrave; baix&iacute;ssima aprova&ccedil;&atilde;o do governo. Se n&atilde;o houver mudan&ccedil;as, os dois candidatos da direita &eacute; que devem ir ao segundo turno, marcado para o dia 19 de outubro.

Incertezas

Por&eacute;m, o alto &iacute;ndice de votos indefinidos, entre nulos, brancos e indecisos, e d&uacute;vidas sobre voto rural, historicamente mais dif&iacute;cil de medir na Bol&iacute;via, adicionam elementos de incertezas sobre os resultados deste domingo. A doutoranda em ci&ecirc;ncia pol&iacute;tica na&nbsp;Universidade de S&atilde;o Paulo (USP)&nbsp;Alina Ribeiro ponderou &agrave; Ag&ecirc;ncia Brasil que as pesquisas na Bol&iacute;via costumam n&atilde;o ser muito precisas.

&ldquo;Nas elei&ccedil;&otilde;es de 2020, o apoio ao Luis Arce foi muito subnotificado. Eu acho que essa fra&ccedil;&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o que est&aacute; indecisa, ou que vai votar nulo ou branco, ela &eacute; primordial para os resultados da elei&ccedil;&atilde;o&rdquo;, avalia a pesquisadora do N&uacute;cleo de Democracia e A&ccedil;&atilde;o Coletiva do Centro Brasileiro de An&aacute;lise e Planejamento (NDAC-Cebrap). A pesquisa mais recente, publicada na sexta-feira (15) pela AtlasIntel, mostra que 23% da popula&ccedil;&atilde;o indicou voto branco, nulo ou ainda n&atilde;o sabe em quem votar&aacute;.

Favoritos

O candidato que aparece &agrave; frente nas pesquisas, Tuto Quiroga, foi ministro da Fazenda em 1992 e eleito vice-presidente da Bol&iacute;via em 1997. Em 2005, na primeira elei&ccedil;&atilde;o que o MAS ganhou, ele ficou em segundo lugar, perdendo para Evo. O candidato tem sinalizado que, se vencer as elei&ccedil;&otilde;es, vai romper rela&ccedil;&otilde;es com Venezuela, Cuba e Ir&atilde;, mas admitiu que vai manter a Bol&iacute;via como membro parceiro do Brics, devido ao v&iacute;nculo comercial com China e &Iacute;ndia.

Em entrevista &agrave; CNN, Tuto questionou a participa&ccedil;&atilde;o da Bol&iacute;via no Mercosul e prop&ocirc;s um acordo com Chile e Argentina para explora&ccedil;&atilde;o do l&iacute;tio, mineral fundamental para ind&uacute;stria da tecnologia. Estima-se que as maiores reservas do mineral estejam nesses tr&ecirc;s pa&iacute;ses latino-americanos. O candidato usa linguagem semelhante ao presidente argentino, Javier Milei, ao citar que usar&aacute; uma &ldquo;motosserra&rdquo; para cortar gastos p&uacute;blicos. O equipamento foi uma das marcas do presidente ultraliberal da Argentina durante a campanha.

&ldquo;Motosserra, fac&atilde;o, tesoura e tudo o mais que voc&ecirc; encontrar. &Eacute; um desperd&iacute;cio e um roubo sem fim aqui. Hoje, o governo boliviano custa 11 vezes mais do que custava quando esses infelizes come&ccedil;aram, 20 anos atr&aacute;s&rdquo;, disse. A pesquisadora Alina Ribeira acrescentou que Jorge &ldquo;Tuto&rdquo; Quiroga vem falando em fazer reformas econ&ocirc;micas, judiciais e constitucionais. &ldquo;Prometeu ainda soltar o Luiz Fernando Camacho. Essa &eacute; uma posi&ccedil;&atilde;o muito simb&oacute;lica pelo que ele representa. Tuto olha para o Camacho como um preso pol&iacute;tico&rdquo;, disse. Camacho foi governador da prov&iacute;ncia de Santa Cruz, na Bol&iacute;via, e preso por participar dos motins de 2019 que levaram &agrave; ren&uacute;ncia do presidente Evo Morales, epis&oacute;dio considerado um golpe de Estado.

Medina

Em seguida, nas pesquisas, aparece Samuel Doria Medina, que tem se apresentado como um pol&iacute;tico mais moderado. Ele &eacute; um megaempres&aacute;rio boliviano da ind&uacute;stria do cimento, da hotelaria, alimenta&ccedil;&atilde;o e tem grandes propriedades imobili&aacute;rias. Medina j&aacute; se candidatou &agrave; Presid&ecirc;ncia duas vezes, ficando em segundo lugar em 2014. Ele promete estabilizar a economia da Bol&iacute;via em 100 dias de governo. &ldquo;O problema econ&ocirc;mico da Bol&iacute;via &eacute; fundamentalmente fiscal. Este ano, o d&eacute;ficit fiscal &eacute; superior a 10%. Nenhuma economia pode sustentar um d&eacute;ficit dessa magnitude. O d&eacute;ficit deve ser corrigido. Praticamente metade desse d&eacute;ficit s&atilde;o os subs&iacute;dios para gasolina e diesel. Na Bol&iacute;via, um litro de gasolina ou diesel custa 25 centavos&rdquo;, disse em entrevista ao Infobae.

Esquerda rachada

A esquerda boliviana rachou ap&oacute;s a divis&atilde;o da legenda entre os apoiadores do ex-presidente Evo Morales e do atual presidente Luis Arce. O candidato do atual presidente, o ex-ministro Eduardo del Castillo, que vinha amargando 2% das inten&ccedil;&otilde;es de votos em pesquisa do jornal El Deber, chegou a pontuar 8,1% na &uacute;ltima pesquisa da AtlasIntel. A principal esperan&ccedil;a da esquerda &eacute; o presidente do Senado e ex-sindicalista cocaleiro, Andr&oacute;nico Rodr&iacute;guez, que deixou o MAS para se lan&ccedil;ar &agrave; Presid&ecirc;ncia do pa&iacute;s e passou a ser tratado por Evo como &ldquo;traidor&rdquo;.

Andr&oacute;nico tamb&eacute;m perdeu apoio de algumas organiza&ccedil;&otilde;es de base do MAS por manter na sua chapa, como vice, a ex-ministra de Planejamento Mariana Prado. O l&iacute;der cocaleiro ind&iacute;gena mostrou alguma recupera&ccedil;&atilde;o na pesquisa da AtlasIntel, chegando a 11%. Em pesquisas anteriores, ele pontuaram 8% nas inten&ccedil;&otilde;es de votos. &ldquo;S&atilde;o mudan&ccedil;as relevantes nas pesquisas, mas elas ainda n&atilde;o colocam a esquerda em p&eacute; de igualdade com a direita&rdquo;, comentou Alina. Para a especialista em Bol&iacute;via, foi um erro o MAS n&atilde;o ter apoiado a candidatura de Andr&oacute;nico.

&ldquo;O Andr&oacute;nico simboliza esse novo sujeito ind&iacute;gena e campon&ecirc;s. Ele simboliza esse grupo que liderou o processo do come&ccedil;o dos anos 2000 e levou o MAS ao poder. Quando o MAS apoia a candidatura do Eduardo del Castillo, que &eacute; um homem branco e mais distanciado dessa base eleitoral que comp&otilde;e o MAS, o partido contribuiu para essa divis&atilde;o interna dentro da esquerda&rdquo;, comentou. Para Alina Ribeiro, a briga entre Evo e Arce impediu que o MAS apoiasse Andr&oacute;nico, que era muito ligado ao ex-presidente Evo. &ldquo;Eles avaliaram que n&atilde;o seria interessante postular a candidatura do Andr&oacute;nico porque ainda era uma figura muito associada ao hist&oacute;rico do Evo Morales&rdquo;, concluiu.

 
Com informa&ccedil;&otilde;es da Ag&ecirc;ncia Brasil / Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o

Trump e Putin descrevem negociações no Alasca como ‘construtivas’ e ‘mutuamente respeitosas’

Os presidentes de Estados Unidos e R&uacute;ssia,&nbsp;Donald Trump&nbsp;e&nbsp;Vladimir Putin, conclu&iacute;ram nesta sexta-feira uma esperada reuni&atilde;o de cerca de quatro horas no Alasca com uma breve entrevista coletiva conjunta na qual n&atilde;o anunciaram nenhum acordo sobre cessar-fogo na Ucr&acirc;nia. &ldquo;Nossas negocia&ccedil;&otilde;es se desenvolveram em um ambiente construtivo e mutuamente respeitoso. Foram muito abrangentes e &uacute;teis&rdquo;, declarou Putin a jornalistas. &ldquo;Esperamos que o entendimento alcan&ccedil;ado abra o caminho para trazer paz &agrave; Ucr&acirc;nia&rdquo;, declarou Putin em uma coletiva de imprensa conjunta com Trump que foi encerrada sem que as perguntas dos jornalistas fossem respondidas. Russo tamb&eacute;m espera que &ldquo;Kiev e as capitais europeias percebam tudo isso de forma construtiva e n&atilde;o criem obst&aacute;culos nem tentem interromper o progresso emergente por meio de provoca&ccedil;&otilde;es ou intrigas nos bastidores&rdquo;. Apoiou tamb&eacute;m a concess&atilde;o de garantias de seguran&ccedil;a para a Ucr&acirc;nia. &ldquo;Concordo com o presidente Trump. Ele disse hoje que, sem d&uacute;vida, a seguran&ccedil;a da Ucr&acirc;nia tamb&eacute;m deve ser garantida. Estamos dispostos a trabalhar nisso&rdquo;.

Trump tamb&eacute;m disse que a reuni&atilde;o foi muito produtiva.&rdquo;Tivemos uma reuni&atilde;o extremamente produtiva e concordamos em muitos pontos. Restam muito poucos&rdquo; pendentes, indicou Trump, em entrevista coletiva com Putin. &ldquo;Ainda n&atilde;o chegamos l&aacute;, mas temos boas chances. &ldquo;O encontro acabou sem acordo, como declarou o presidente americano. &lsquo;Concordamos em muitos, muitos pontos&hellip; N&atilde;o h&aacute; acordo at&eacute; que haja um acordo. Ligarei para a OTAN&hellip; Claro que ligarei para o Presidente Zelensky e lhe contarei sobre a reuni&atilde;o de hoje&hellip; Realmente fizemos um grande progresso. Ao fim da coletiva, que acabou sem perguntas, Putin brincou com Trump e disse para se encontrarem em Moscou da pr&oacute;xima vez.

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Com informa&ccedil;&otilde;es da AFP e EFE / Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o/YouTube/@WhiteHouse

Número de mortos por enchentes no Texas sobe para 59

O n&uacute;mero de mortes provocadas pelas enchentes no&nbsp;Texas, sul dos Estados Unidos, subiu para 59, anunciaram as autoridades neste domingo (6), enquanto as equipes de emerg&ecirc;ncia prosseguem com as opera&ccedil;&otilde;es de busca dos desaparecidos em meio &agrave;s chuvas. &ldquo;Ainda temos chuvas fortes hoje. O balan&ccedil;o agora &eacute; de 59 (mortos). Infelizmente, esperamos que o n&uacute;mero aumente&rdquo;, disse o vice-governador Dan Patrick ao canal Fox News.

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Com informa&ccedil;&otilde;es da AFP / Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o

Congresso dos EUA aprova megaprojeto de lei orçamentária de Trump

O presidente americano,&nbsp;Donald Trump, obteve uma grande vit&oacute;ria pol&iacute;tica, nesta quinta-feira (3), com a aprova&ccedil;&atilde;o pelo Congresso, por uma estreita, de seu megaprojeto de lei or&ccedil;ament&aacute;ria, que consolida sua agenda radical para o segundo mandato e aumenta os fundos para sua campanha anti-imigra&ccedil;&atilde;o. O projeto de lei p&ocirc;s em destaque o controle do presidente sobre o Partido Republicano, que esteve dividido sobre um texto que aumentar&aacute; enormemente a d&iacute;vida nacional e cortar&aacute; o apoio do governo &agrave; sa&uacute;de e &agrave; assist&ecirc;ncia social. Um pequeno grupo de opositores ao projeto dentro do partido no poder acabou se alinhando depois que o presidente da C&acirc;mara dos Representantes,&nbsp;Mike Johnson, trabalhou durante a noite para reunir os dissidentes em torno da &ldquo;Lei Grande e Bela&rdquo; de Trump.

O megaprojeto de lei or&ccedil;ament&aacute;ria foi aprovado por estreita margem na vota&ccedil;&atilde;o final na C&acirc;mara por 218 votos contra 214. A Casa Branca informou que Trump ir&aacute; promulg&aacute;-lo em 4 de julho, feriado do Dia da Independ&ecirc;ncia dos Estados Unidos. &ldquo;Um dos projetos de lei mais importantes da hist&oacute;ria&rdquo;, vangloriou-se Trump nas redes sociais uma hora antes. O momento da vota&ccedil;&atilde;o foi atrasado quando o l&iacute;der da minoria democrata, Hakeem Jeffries, criticou o texto por quase nove horas para retardar os procedimentos.

Deporta&ccedil;&otilde;es em massa, cortes fiscais

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Com a aprova&ccedil;&atilde;o, Trump obteve uma nova vit&oacute;ria, que consolida sua vis&atilde;o da pol&iacute;tica americana, depois das decis&otilde;es a seu favor da Suprema Corte de Justi&ccedil;a e dos ataques dos&nbsp;Estados Unidos, que levaram a uma tr&eacute;gua no conflito entre Israel e Ir&atilde;. Seu extenso projeto de lei j&aacute; tinha sido aprovado no Senado na ter&ccedil;a-feira e precisou voltar &agrave; C&acirc;mara baixa para uma ratifica&ccedil;&atilde;o das altera&ccedil;&otilde;es feitas pelos senadores. O pacote cumpre muitas das promessas de campanha de Trump, como um aumento nos gastos militares, o financiamento de uma campanha de deporta&ccedil;&atilde;o em massa de migrantes e destina 4,5 trilh&otilde;es de d&oacute;lares (24,5 trilh&otilde;es de reais) para estender seus cortes tribut&aacute;rios do primeiro mandato (2017-2021).

&ldquo;Hoje estamos colocando uma pedra angular crucial da nova Idade de Ouro dos Estados Unidos&rdquo;, disse Johnson. Mas espera-se que a norma adicione 3,4 trilh&otilde;es de d&oacute;lares (18,5 trilh&otilde;es de reais) em uma d&eacute;cada ao d&eacute;ficit fiscal do pa&iacute;s, enquanto reduz o programa federal de cupons de alimentos para a popula&ccedil;&atilde;o vulner&aacute;vel e gera os maiores cortes no seguro m&eacute;dico Medicaid para americanos de baixa renda desde seu lan&ccedil;amento, nos anos 1960. Segundo algumas estimativas, o total de benefici&aacute;rios que v&atilde;o perder sua cobertura no seguro com o projeto ser&aacute; de 17 milh&otilde;es. Tamb&eacute;m se espera o fechamento de muitos hospitais rurais.

Enquanto os moderados na C&acirc;mara est&atilde;o preocupados que os cortes possam prejudicar suas perspectivas de reelei&ccedil;&atilde;o, os &lsquo;falc&otilde;es fiscais&rsquo; &ndash; os mais ortodoxos &ndash; reclamam que as economias est&atilde;o muito abaixo do prometido, segundo eles.

Projeto &ldquo;grande e feio&rdquo;

Johnson teve que negociar em margens estreitas e s&oacute; era permitida a perda de alguns poucos votos dos legisladores na vota&ccedil;&atilde;o final, entre mais de duas dezenas que haviam dito anteriormente que poderiam rejeitar o texto de Trump, de 869 p&aacute;ginas. O presidente passou semanas dando telefonemas e organizando reuni&otilde;es na Casa Branca para convencer os legisladores divididos entre desagradar os benefici&aacute;rios da assist&ecirc;ncia social em seus estados ou enfrentar a ira do chefe do Executivo.

Os democratas esperam que a oposi&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica ao projeto de lei os ajude a retomar o controle da C&acirc;mara baixa nas elei&ccedil;&otilde;es de meio de mandato, em 2026, com o argumento de que a iniciativa do presidente representa uma enorme redistribui&ccedil;&atilde;o de riqueza dos americanos mais pobres para os mais ricos.

Antes da vota&ccedil;&atilde;o final, Hakeem Jeffries ocupou o p&uacute;lpito por mais de tr&ecirc;s horas em nome dos democratas, relatando hist&oacute;rias de americanos comuns que, segundo ele, seriam prejudicados pela legisla&ccedil;&atilde;o de Trump. &ldquo;Este projeto de lei, este projeto de lei grande e feio &ndash; este or&ccedil;amento imprudente dos republicanos, esta abomina&ccedil;&atilde;o repugnante &ndash; n&atilde;o trata de melhorar a qualidade de vida do povo americano&rdquo;, declarou.

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Com informa&ccedil;&otilde;es do AFP / Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o Casa Branca

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