Tiago Correia defende Coronel e Roma em chapa ao Senado em 2026

Líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), o deputado Tiago Correia (PSDB) projetou um cenário para a disputa ao Senado em 2026. Segundo ele, a composição ideal, com o ex-prefeito ACM Neto (União Brasil) liderando a chapa ao governo, teria João Roma, presidente estadual do PL, e o senador Angelo Coronel (PSD) como representantes baianos na Casa, mesmo Coronel integrando atualmente a base do governo estadual.

Para Tiago Correia, uma eventual adesão de Coronel à oposição teria peso político. “Coronel agrega tanto por desagregar lá, quanto por trazer uma massa muito grande de prefeitos. Então, para mim, um segundo senador ideal seria Coronel”, afirmou, ao ponderar sobre os recentes atritos entre o senador e o grupo governista.

A indefinição quanto ao posicionamento de Angelo Coronel nas eleições do próximo ano, somada aos rumores de uma possível chapa “puro-sangue” do PT na Bahia, com Rui Costa (PT) e Jaques Wagner (PT) disputando o Senado em 2026, tem alimentado especulações sobre um rompimento do parlamentar com a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT). A possibilidade tem provocado desconforto sobretudo no PSD, que defende a manutenção de uma vaga da sigla no Senado.

O próprio Coronel já sinalizou que não aceita abrir mão da tentativa de reeleição e chegou a mencionar publicamente a chance de se alinhar à oposição.

Questionado sobre a escolha de um nome para a vice na chapa de ACM Neto, o deputado disse que não há definições, mas citou a possibilidade de uma mulher ocupar o posto. “Ainda não tem nenhum nome definido, poderia ser uma mulher, poderia ser do interior, tem alguns nomes colocados, poderia ser Suzana [Ramos] de Juazeiro, poderia ser Sheila Lemos de Vitória da Conquista, Ireuda [Silva] que não é do interior, enfim, existem diversos nomes”, disse.

De acordo com o deputado, a definição sobre a composição da chapa deve ocorrer apenas no próximo ano. As declarações foram feitas ontem (18) durante um café da manhã com a imprensa, promovido na ALBA, para apresentação do balanço das ações da oposição em 2025.

Tiago voltou a criticar Jerônimo em razão da quantidade de pedidos de empréstimos encaminhados pelo Executivo. Segundo ele, metade das proposições enviadas foi protocolada em regime de urgência, em sua maioria relacionadas a operações de crédito.

“O governo enviou 64 projetos, dos quais 58 foram com pedidos de urgência, que já entendemos que virou um padrão no modelo de envio de propostas do poder Executivo, atropelando e desrespeitando a Assembleia, quando esses projetos não tramitam nas comissões. Os deputados do governo e da oposição não sabem do que se tratam esses textos, porque não tem tempo de analisar”, afirmou.

Conforme o parlamentar, todos os 58 projetos em regime de urgência foram aprovados pela Casa, sendo 23 deles pedidos de empréstimos. Para Tiago, a frequência das operações surpreendeu até o próprio governo: “Nem o próprio governo previa a quantidade de empréstimos que iria encaminhar”.

Informações de Mateus Soares da Tribuna