0b858a15 Viviane Barci Ao Lado Do Marido Ministro Do Stf Alexandre De Moraes Foto Antonio Augusto Tse

<p dir="auto">De acordo com reportagem do colunista Lauro Jardim, publicada em O Globo, o patrim&ocirc;nio pessoal de Viviane Barci Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, cresceu 232% entre 2023 e 2024, passando de R$ 24 milh&otilde;es para R$ 79,7 milh&otilde;es.</p>
<p dir="auto">O aumento &eacute; atribu&iacute;do principalmente &agrave; distribui&ccedil;&atilde;o de lucros do escrit&oacute;rio de advocacia Barci de Moraes, no qual Viviane recebeu R$ 57 milh&otilde;es em 2024. Ela &eacute; advogada e controla escrit&oacute;rios ligados &agrave; fam&iacute;lia, incluindo o rec&eacute;m-registrado Barci e Barci, em Bras&iacute;lia.</p>
<p dir="auto">O caso ganha contexto com as san&ccedil;&otilde;es da Lei Global Magnitsky impostas pelos EUA a Viviane e &agrave; empresa familiar Lex Instituto de Estudos Jur&iacute;dicos em setembro de 2024, posteriormente revogadas em dezembro do mesmo ano.</p>
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<p dir="auto"><em>Informa&ccedil;&otilde;es do Di&aacute;rio do Poder</em></p>

Lula - Bruno Peres / Agência Brasil

<p dir="auto">Pesquisa do PoderData revela que 39% dos brasileiros consideram o governo do presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva (PT) pior que o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em contrapartida, 38% avaliam a gest&atilde;o atual como melhor, enquanto 22% veem as duas administra&ccedil;&otilde;es como iguais e 1% n&atilde;o soube responder. A pesquisa foi realizada entre 13 e 15 de dezembro de 2025 com 2.500 entrevistados em todo o pa&iacute;s,</p>
<p dir="auto">O levantamento, com margem de erro de 2 pontos percentuais, mostra uma leve oscila&ccedil;&atilde;o: o percentual dos que veem o governo Lula como pior subiu 1 ponto em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; rodada de setembro, enquanto a percep&ccedil;&atilde;o de ser melhor permaneceu est&aacute;vel.</p>
<p dir="auto">Os resultados indicam uma polariza&ccedil;&atilde;o persistente na opini&atilde;o p&uacute;blica, com os dados coletados por liga&ccedil;&otilde;es telef&ocirc;nicas refletindo o cen&aacute;rio pol&iacute;tico ao final do terceiro ano do mandato petista.</p>
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<p dir="auto"><em>Informa&ccedil;&otilde;es do Di&aacute;rio do Poder</em></p>

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<p data-path-to-node="1">O nome de F&aacute;bio Lu&iacute;s Lula da Silva, o Lulinha, filho mais velho do presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva, entrou formalmente no radar das investiga&ccedil;&otilde;es da Pol&iacute;cia Federal (PF) no &acirc;mbito da&nbsp;Opera&ccedil;&atilde;o Sem Desconto. A opera&ccedil;&atilde;o, que apura um sofisticado esquema de descontos associativos fraudulentos diretamente nas folhas de pagamento de aposentados e pensionistas do INSS, revelou conex&otilde;es diretas entre o c&iacute;rculo &iacute;ntimo de Lulinha e os principais operadores das fraudes.</p>
<p data-path-to-node="2">Documentos obtidos pelo portal&nbsp;Poder360 e cita&ccedil;&otilde;es em decis&otilde;es do Supremo Tribunal Federal (STF) detalham anota&ccedil;&otilde;es em agendas, di&aacute;logos interceptados e movimenta&ccedil;&otilde;es financeiras suspeitas que colocam o filho do presidente no centro de uma controv&eacute;rsia pol&iacute;tica e jur&iacute;dica.</p>
<h3 data-path-to-node="3">O Envelope no Camarote 309 e a Agenda Apreendida</h3>
<p data-path-to-node="4">A primeira men&ccedil;&atilde;o direta surgiu durante a fase inicial da opera&ccedil;&atilde;o, realizada em abril de 2025. Ao cumprirem mandados de busca e apreens&atilde;o, agentes da PF encontraram um envelope contendo ingressos para o&nbsp;camarote 309&nbsp;de um show em Bras&iacute;lia e refer&ecirc;ncias a um flat no condom&iacute;nio de luxo Brisas do Lago, na capital federal.</p>
<p data-path-to-node="5">Dentro do envelope, uma anota&ccedil;&atilde;o manuscrita em uma agenda chamou a aten&ccedil;&atilde;o dos investigadores por sua clareza:</p>
<p data-path-to-node="6,0">&ldquo;M&iacute;nimas informa&ccedil;&otilde;es poss&iacute;veis. CPF &ndash; F&aacute;bio (filho Lula). Ter&ccedil;a a quinta-feira. 03 a 05/12. Contato Paulo Marinheiro &ndash; ok Gaspar passa contato &ndash; ok Cristina &ndash; ok&rdquo;.</p>
<p data-path-to-node="7">Abaixo da mensagem, a instru&ccedil;&atilde;o era direta:&nbsp;&ldquo;Pegar com Ant&ocirc;nio&rdquo;. Segundo a PF, o &ldquo;Ant&ocirc;nio&rdquo; em quest&atilde;o &eacute; Ant&ocirc;nio Carlos Camilo Antunes, amplamente conhecido no submundo de Bras&iacute;lia como o&nbsp;&ldquo;Careca do INSS&rdquo;, apontado como o articulador mestre do esquema que lesou milhares de benefici&aacute;rios da Previd&ecirc;ncia Social.</p>
<h3 data-path-to-node="9">&ldquo;Joga Fora&rdquo;: As Mensagens de Roberta Luchsinger</h3>
<p data-path-to-node="10">A nova fase da Opera&ccedil;&atilde;o Sem Desconto, deflagrada na &uacute;ltima quinta-feira (18), trouxe &agrave; tona di&aacute;logos interceptados entre o &ldquo;Careca do INSS&rdquo; e a empres&aacute;ria e lobista&nbsp;Roberta Luchsinger, descrita como amiga pr&oacute;xima de Lulinha. As conversas, obtidas via WhatsApp, sugerem uma tentativa de obstru&ccedil;&atilde;o de justi&ccedil;a logo ap&oacute;s a primeira fase da opera&ccedil;&atilde;o.</p>
<p data-path-to-node="11">Ao saber que a PF havia apreendido documentos, Roberta escreveu a Ant&ocirc;nio Carlos demonstrando preocupa&ccedil;&atilde;o:</p>
<p data-path-to-node="12,0">&ldquo;E s&oacute; para voc&ecirc; saber, acharam um envelope com nome do nosso amigo no dia da busca e apreens&atilde;o&rdquo;.</p>
<p data-path-to-node="13">A resposta do &ldquo;Careca&rdquo; foi curta:&nbsp;&ldquo;Putz&rdquo;. Na sequ&ecirc;ncia, a empres&aacute;ria teria aconselhado o interlocutor a destruir evid&ecirc;ncias:&nbsp;&ldquo;Joga fora&rdquo;, ao que ele prontamente respondeu:&nbsp;&ldquo;J&aacute; fiz isso&rdquo;. Roberta encerrou a intera&ccedil;&atilde;o reafirmando apoio ao grupo:&nbsp;&ldquo;Conte com a gente&rdquo;.</p>
<p data-path-to-node="14">A Pol&iacute;cia Federal sustenta que Roberta Luchsinger atua como o principal elo entre o &ldquo;Careca do INSS&rdquo; e F&aacute;bio Lu&iacute;s. Relat&oacute;rios de intelig&ecirc;ncia mostram que os dois discutiam abertamente formas de&nbsp;&ldquo;esquentar o dinheiro&rdquo;&nbsp;proveniente das taxas cobradas ilegalmente de aposentados. Al&eacute;m disso, registros de viagens indicam que Roberta e Lulinha emitiram passagens a&eacute;reas em conjunto em diversas ocasi&otilde;es.</p>
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<h3 data-path-to-node="16">O Repasse de R$ 1,5 Milh&atilde;o e o &ldquo;Filho do Rapaz&rdquo;</h3>
<p data-path-to-node="17">Um dos pontos mais sens&iacute;veis da investiga&ccedil;&atilde;o reside nos relat&oacute;rios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Os dados indicam que Roberta recebeu&nbsp;R$ 1,5 milh&atilde;o de Ant&ocirc;nio Carlos, fracionados em cinco pagamentos de R$ 300 mil.</p>
<p data-path-to-node="18">Na decis&atilde;o do STF que autorizou as dilig&ecirc;ncias, h&aacute; uma men&ccedil;&atilde;o de que esses valores teriam como destino final o&nbsp;&ldquo;filho do rapaz&rdquo;, express&atilde;o que os investigadores interpretam como um codinome para F&aacute;bio Lu&iacute;s. A rela&ccedil;&atilde;o financeira entre a empres&aacute;ria e o operador do esquema teria se intensificado no final de 2024, coincidindo com o per&iacute;odo em que as fraudes no INSS atingiram volumes recordes de arrecada&ccedil;&atilde;o.</p>
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<h3 data-path-to-node="20">O Que Dizem as Defesas</h3>
<p data-path-to-node="21">A defesa de Roberta Luchsinger nega qualquer irregularidade. O advogado Bruno Salles afirmou que as mensagens est&atilde;o &ldquo;completamente descontextualizadas&rdquo; e que a rela&ccedil;&atilde;o de sua cliente com a fam&iacute;lia de Lulinha &eacute; estritamente pessoal e de longa data.</p>
<p data-path-to-node="22,0">&ldquo;(Roberta) jamais teve qualquer rela&ccedil;&atilde;o com descontos do INSS&rdquo;, declarou Salles. Segundo ele, as conversas com o &ldquo;Careca&rdquo; tratavam apenas de projetos embrion&aacute;rios no setor de canabidiol que&nbsp;&ldquo;n&atilde;o chegaram a prosperar&rdquo;.</p>
<p data-path-to-node="23">J&aacute; a defesa de F&aacute;bio Lu&iacute;s, representada informalmente pelo advogado e amigo Marco Aur&eacute;lio de Carvalho, argumenta que o filho do presidente n&atilde;o &eacute; alvo formal e, por isso, n&atilde;o contratou advogados para o caso. Carvalho classificou as men&ccedil;&otilde;es como &ldquo;vilanias&rdquo; e fofocas:</p>
<p data-path-to-node="24,0">&ldquo;As cita&ccedil;&otilde;es s&atilde;o fofocas, vilanias e tentativas de mais uma vez envolver o nome do filho do presidente em esc&acirc;ndalos&rdquo;.</p>
<p data-path-to-node="25">Ele ainda comparou o epis&oacute;dio a boatos do passado, como a lenda da &ldquo;Ferrari de ouro&rdquo;, afirmando que as mensagens interceptadas s&atilde;o, na verdade,&nbsp;&ldquo;absolut&oacute;rias&rdquo;, pois provariam que terceiros tentam usar o nome de F&aacute;bio sem o seu consentimento.</p>
<h3 data-path-to-node="27">Divis&atilde;o Interna na PF e a Rea&ccedil;&atilde;o de Lula</h3>
<p data-path-to-node="28">O envolvimento do nome de Lulinha criou uma cis&atilde;o dentro da Pol&iacute;cia Federal. Fontes internas indicam que um grupo de delegados defende o aprofundamento imediato das investiga&ccedil;&otilde;es para esclarecer o destino do R$ 1,5 milh&atilde;o. Por outro lado, uma ala considerada mais pr&oacute;xima ao governo entende que os ind&iacute;cios &mdash; embora suspeitos &mdash; ainda s&atilde;o &ldquo;fr&aacute;geis&rdquo; e baseados em conversas de terceiros, sem prova cabal de que F&aacute;bio Lu&iacute;s tenha operado o esquema.</p>
<p data-path-to-node="29">At&eacute; o momento, o entendimento oficial que prevalece na corpora&ccedil;&atilde;o &eacute; que Lulinha n&atilde;o est&aacute;&nbsp;&ldquo;diretamente envolvido nas condutas relativas aos descontos associativos fraudulentos&rdquo;, embora sua proximidade com os operadores continue sob escrut&iacute;nio.</p>
<p data-path-to-node="30">O presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva, ao ser questionado sobre as cita&ccedil;&otilde;es ao seu filho primog&ecirc;nito, adotou um tom de distanciamento republicano, mas prometeu rigor.</p>
<p data-path-to-node="31,0">&ldquo;Ningu&eacute;m ficar&aacute; livre das apura&ccedil;&otilde;es. Se tiver filho meu metido nisso, ele ser&aacute; investigado. Ningu&eacute;m ficar&aacute; acima da lei&rdquo;, declarou o presidente.</p>
<h3 data-path-to-node="32">Contexto: A Opera&ccedil;&atilde;o Sem Desconto</h3>
<p data-path-to-node="33">A investiga&ccedil;&atilde;o mira associa&ccedil;&otilde;es que, mediante conv&ecirc;nios com o INSS, aplicam descontos indevidos em benef&iacute;cios previdenci&aacute;rios sem a autoriza&ccedil;&atilde;o dos segurados. O esquema utilizava empresas de fachada para ocultar o lucro e, segundo a PF, contava com a coniv&ecirc;ncia de agentes p&uacute;blicos para garantir a manuten&ccedil;&atilde;o dos contratos de consultoria que, na pr&aacute;tica, n&atilde;o prestavam servi&ccedil;o algum.</p>
<p data-path-to-node="34">O desfecho da investiga&ccedil;&atilde;o depende agora da an&aacute;lise de novos materiais apreendidos na quinta-feira e do depoimento de Roberta Luchsinger, que permanece como a pe&ccedil;a-chave para explicar se o &ldquo;nosso amigo&rdquo; citado nas mensagens &eacute;, de fato, o benefici&aacute;rio oculto de um dos maiores esquemas contra a Previd&ecirc;ncia Social dos &uacute;ltimos anos.</p>
<p data-path-to-node="34">&nbsp;</p>
<p data-path-to-node="34"><em>Informa&ccedil;&otilde;es da Gazeta Brasil</em></p>
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Captura De Tela 2025 12 20 091552

<p>As investiga&ccedil;&otilde;es caminham para o n&uacute;cleo pol&iacute;tico do esquema que teria causado preju&iacute;zos bilion&aacute;rios a aposentados e pensionistas. Em entrevista &agrave; coluna&nbsp;Entrelinhas&nbsp;e ao programa&nbsp;Sem Rodeios, o deputado federal Alfredo Gaspar (Uni&atilde;o-AL), relator da CPMI do INSS, afilou que a Opera&ccedil;&atilde;o Sem Desconto, da Pol&iacute;cia Federal, ajuda a expor estruturas que, at&eacute; ent&atilde;o, estariam protegidas por uma s&oacute;lida blindagem pol&iacute;tica.</p>
<p>Na leitura do parlamentar, o que mudou recentemente foi justamente a queda dessa prote&ccedil;&atilde;o. Em um dos trechos mais incisivos da conversa, Gaspar afirmou que o ministro Andr&eacute; Mendon&ccedil;a, do Supremo Tribunal Federal, &ldquo;tratorou essa blindagem, mostrando o tamanho do esc&acirc;ndalo e at&eacute; onde a CPMI do INSS est&aacute; chegando&rdquo;. Isso porque, na quinta-feira (18), Mendon&ccedil;a levantou o sigilo da decis&atilde;o que autorizou a a&ccedil;&atilde;o da PF contra investigados pelo esc&acirc;ndalo de desvios.</p>
<p>O relator destacou que personagens hoje no centro das apura&ccedil;&otilde;es j&aacute; haviam sido mencionados anteriormente no &acirc;mbito da comiss&atilde;o. Entre eles, est&aacute; Lulinha, como &eacute; conhecido Lu&iacute;s Cl&aacute;udio Lula da Silva, filho de Luiz In&aacute;cio Lula da Silva, citado nos trabalhos da CPMI por suposta proximidade com operadores do esquema investigado no INSS. Outro nome recorrente &eacute; o de Ant&ocirc;nio Carlos Camilo, o chamado &ldquo;Careca do INSS&rdquo;, cuja rela&ccedil;&atilde;o com Lulinha, na avalia&ccedil;&atilde;o de Gaspar, &ldquo;extrapola qualquer par&acirc;metro republicano&rdquo;. O deputado recordou que chegou a declarar, em reuni&atilde;o da comiss&atilde;o, que renunciaria &agrave; relatoria, &ldquo;caso n&atilde;o se confirmasse a parceria entre os dois em viagens sob investiga&ccedil;&atilde;o&rdquo;.</p>
<p>Ao detalhar os nomes que, segundo ele, teriam sido protegidos por uma blindagem pol&iacute;tica dentro do governo, Alfredo Gaspar citou ainda Roberta Luschinger, que foi alvo da opera&ccedil;&atilde;o da PF. De acordo com o relator, h&aacute; &ldquo;s&eacute;rios indicativos&rdquo; de que a amiga de Lulinha teria atuado como intermedi&aacute;ria em repasses de propina no contexto do esquema investigado pela CPMI, incluindo pagamentos que teriam como destinat&aacute;rio &ldquo;o filho do rapaz&rdquo;, express&atilde;o que investigadores acreditam representar o filho de Lula.</p>
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<p>Para Gaspar, houve uma atua&ccedil;&atilde;o coordenada de parlamentares alinhados ao governo para impedir o acesso a informa&ccedil;&otilde;es sens&iacute;veis, como listas de voos internacionais e registros financeiros. Na sua avalia&ccedil;&atilde;o, a resist&ecirc;ncia em fornecer dados b&aacute;sicos &agrave; comiss&atilde;o evidenciou o esfor&ccedil;o para manter determinados nomes fora do alcance das apura&ccedil;&otilde;es, mesmo diante do avan&ccedil;o das investiga&ccedil;&otilde;es policiais.</p>
<h2>&ldquo;Resist&ecirc;ncias pol&iacute;ticas&rdquo;</h2>
<p>Ao tra&ccedil;ar um paralelo com a CPMI dos Correios, que culminou no esc&acirc;ndalo do Mensal&atilde;o, Gaspar observou semelhan&ccedil;as no percurso das investiga&ccedil;&otilde;es. Para ele, assim como naquele epis&oacute;dio, a atual comiss&atilde;o come&ccedil;a a alcan&ccedil;ar o bra&ccedil;o pol&iacute;tico do esquema. &ldquo;Havia uma sustenta&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica clara naquele momento, e agora tamb&eacute;m estamos chegando a esse ponto&rdquo;, pontuou.</p>
<p>Alfredo Gaspar tratou ainda da investiga&ccedil;&atilde;o envolvendo o senador&nbsp;Weverton Rocha (PDT-MA), que foi alvo da Pol&iacute;cia Federal nesta semana, e o &ldquo;Careca do INSS&rdquo;. Segundo o relator, j&aacute; existem ind&iacute;cios de v&iacute;nculos que ultrapassam o aceit&aacute;vel do ponto de vista institucional, incluindo compartilhamento de aeronaves, contador e suspeitas de neg&oacute;cios em comum. Ele defendeu a convoca&ccedil;&atilde;o do senador para depor, classificando o depoimento como uma oportunidade para esclarecer as rela&ccedil;&otilde;es apontadas pela CPMI.</p>
<p>Embora ainda n&atilde;o haja um n&uacute;mero fechado, Gaspar indicou que o preju&iacute;zo causado aos aposentados e pensionistas &eacute; expressivo e pode atingir cifras bilion&aacute;rias. Ele frisou que as apura&ccedil;&otilde;es seguem um crit&eacute;rio t&eacute;cnico rigoroso e sem seletividade. &ldquo;N&atilde;o temos bandido de estima&ccedil;&atilde;o&rdquo;, disse, refor&ccedil;ando que a comiss&atilde;o continuar&aacute; avan&ccedil;ando apesar das resist&ecirc;ncias pol&iacute;ticas.</p>
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<h2>Blindagem do Banco Master</h2>
<p>Questionado sobre a decis&atilde;o do ministro Dias Toffoli que barrou o acesso da CPMI a dados fiscais, banc&aacute;rios e telem&aacute;ticos de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, o relator contextualizou que a institui&ccedil;&atilde;o &eacute; investigada justamente por sua atua&ccedil;&atilde;o no mercado de cr&eacute;dito consignado &mdash; um dos principais focos do esquema que atingiu diretamente aposentados e pensionistas do INSS. Segundo Gaspar, o banco aparece nas apura&ccedil;&otilde;es por suspeitas de irregularidades na concess&atilde;o de empr&eacute;stimos e nos descontos aplicados diretamente nos benef&iacute;cios previdenci&aacute;rios, o que torna essas informa&ccedil;&otilde;es essenciais para o aprofundamento das investiga&ccedil;&otilde;es.</p>
<p>Na avalia&ccedil;&atilde;o do deputado, ao impedir o acesso a esses dados, a decis&atilde;o judicial n&atilde;o apenas limita o alcance da CPMI, como tamb&eacute;m aprofunda a crise de confian&ccedil;a nas institui&ccedil;&otilde;es. &ldquo;O povo brasileiro n&atilde;o est&aacute; acreditando nos poderes constitu&iacute;dos, e essa descren&ccedil;a nasce dos exemplos que se repetem diariamente&rdquo;, observou. Gaspar recorreu a um princ&iacute;pio cl&aacute;ssico do Direito para resumir o cen&aacute;rio: &ldquo;A mulher de C&eacute;sar n&atilde;o pode ser apenas honesta, ela precisa parecer honesta&rdquo;. Para ele, quando investiga&ccedil;&otilde;es que envolvem diretamente o dinheiro de aposentados encontram barreiras desse tipo, o resultado &eacute; a sensa&ccedil;&atilde;o de impunidade e o enfraquecimento do Estado de Direito no pa&iacute;s.</p>
<p>&nbsp;</p>
<p><em>Informa&ccedil;&otilde;es do Di&aacute;rio do Poder</em></p>

Patrimônio da esposa de Moraes cresce 232% e chega a R$79,7 milhões

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