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Oposição acusa STF de conluio com a esquerda e pede impeachment de Dino e Moraes

Oposição acusa STF de conluio com a esquerda e pede impeachment de Dino e Moraes

Por Redação

15/10/2025 às 12:00

Imagem de Oposição acusa STF de conluio com a esquerda e pede impeachment de Dino e Moraes

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

A oposição protocolou nesta quarta-feira (15) novos pedidos de impeachment contra os ministros Flávio Dino e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os parlamentares acusaram a Corte e a Procuradoria-Geral da República (PGR) de praticar “uma política ideológica de esquerda”.

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) afirmou que Dino é o “líder do governo Lula (PT) dentro do STF”. A oposição também criticou o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), por travar a tramitação dos pedidos de impeachment dos ministros da Corte.

“O Brasil só vai se libertar desse caos que estamos vivendo quando o Senado cumprir e seu dever e colocar cada um no seu quadrado… Porque hoje tem um Poder que esmaga os demais, especialmente o Senado”, disse Girão. O pedido da oposição contra Dino tem como base “quatro pilares”:

  • Participação em eventos políticos: em maio deste ano, Dino sugeriu ao vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão (PT), que formasse uma "chapa imbatível" com a professora de Direito, Teresa Helena Barros, como vice para disputar as eleições de 2026.
  • Violação da liberdade de expressão: Dino determinou a retirada de circulação de quatro livros jurídicos do autor Luciano Dalvi. No entendimento do ministro, as obras possuem conteúdo “homofóbico, preconceituoso ou discriminatório”.
  • Conflito de interesses: o ministro é o relator do inquérito aberto em 2023 contra o atual ministro da Casa Civil, Rui Costa, sobre a compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste durante a pandemia de Covid-19. Dino foi ministro da Justiça no governo Lula (PT) antes de assumir o cargo no STF.
  • Extrapolação de competência na ADPF 1178: em agosto deste ano, Dino decidiu na ADPF 1178 que leis estrangeiras só produzirão efeitos no Brasil após homologação pelo STF. Para Girão, o ministro “gerou insegurança jurídica e afetou a economia nacional”.

Girão afirmou que Alcolumbre há um ano "empurra com a barriga" a análise dos pedidos de impeachment e, por isso, o Senado "está de joelhos" diante do STF.

O senador Magno Malta (PL-ES) acusou o Senado de “se curvar” ao Supremo. “Essa Casa se curvou [ao STF], tudo que vem a esta Casa é escrito pelas mãos do Supremo. E aqui não temos uma presidência que põe para andar aquilo que é o desejo do povo”, disse.

Malta também afirmou que votará contra a recondução do procurador-geral da República, Paulo Gonet, ao cargo. No último dia 11, Gonet defendeu que apenas a PGR tem a competência de apresentar denúncia por crime de responsabilidade e, portanto, solicitar o afastamento e o impeachment de ministros da Suprema Corte.

“Precisamos de homens e mulheres nessa Casa que não se acovardem e não tenham rabo preso com quem está do outro lado praticando uma política ideológica de esquerda com o governo, onde eles fazem o mesmo consórcio, o mesmo conluio e estão aliados ao eixo do mal”, criticou Malta.

“Essa finada Constituição não está mais em voga. Ela não existe mais. Na separação dos Três Poderes o que mais tem poder é o Senado, porque aqui se sabatina os ministros [do STF] e eles mentem de forma desassombrada”, acrescentou.

Novo quer impeachment de Moraes com base na “Vaza Toga”

O líder do Novo na Câmara, Marcel Van Hattem (RS), anunciou um novo pedido de impeachment contra Moraes com base nas mensagens atribuídas ao ex-assessor do ministro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eduardo Tagliaferro, divulgadas recentemente na chamada “Vaza Toga”.

O parlamentar apontou que as conversas revelariam “vícios e nulidades” em processos conduzidos por Moraes. Além disso, outras três acusações foram incluídas no pedido de impeachment:

  • O caso Filipe Martins, ex-assessor do governo Bolsonaro (PL), que, segundo o deputado, não teria viajado aos Estados Unidos na data citada em inquérito da Polícia Federal. Martins é réu pela suposta tentativa de golpe de Estado e chegou a ser preso por alegado “risco de fuga”.
  • A atuação de um delegado da PF em território americano no caso da brasileira naturalizada Flávia Magalhães;
  • A situação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que “segue em prisão domiciliar mesmo sem denúncia apresentada” no inquérito que investiga a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras.

“O ministro Alexandre de Moraes comete abusos de autoridade em série e precisa ser sancionado pelo Senado”, disse Van Hattem, ao lado do deputado Cabo Gilberto (PL-PB), que também assinou o pedido. O impeachment se soma a outros processos já protocolados no Senado contra o magistrado. Até o momento, a presidência da Casa não deu andamento a nenhum deles.

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) destacou que, a partir de 2027, a direita espera ter maioria no Senado e, por isso, haverá impeachment de ministros do STF. “Em 2027, vai ter impeachment no Senado, sim. Só um? Não, quantos forem necessários… [Os ministros] são seres humanos e também são falíveis”, alertou a senadora.

 

Informações da Gazeta do Povo

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