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Direita aposta em resistência do Centrão para barrar indicação de Messias ao STF

Direita aposta em resistência do Centrão para barrar indicação de Messias ao STF

Por Redação

17/10/2025 às 08:30

Imagem de Direita aposta em resistência do Centrão para barrar indicação de Messias ao STF

Foto: Ricardo Stuckert / PR

Com a confirmação da saída de Luís Roberto Barroso do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu início, nesta semana, às conversas políticas para mensurar o apoio ao nome do advogado-geral da União, Jorge Messias, considerado o favorito do petista para ocupar a cadeira. Por outro lado, a oposição, liderada pelo PL de Jair Bolsonaro, tem trabalhado para tentar barrar a indicação, que precisa ser aprovada pelo Senado. 

Lula se reuniu na noite de terça-feira (14) com ministros do STF para discutir a sucessão na Corte. O jantar, realizado no Palácio da Alvorada, contou com a presença de Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Flávio Dino e do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. 

Assessores do Planalto ouvidos pela reportagem admitem que a estratégia repete o roteiro usado por Lula nas nomeações de Zanin e Dino, quando ele sondou previamente o clima entre ministros do Supremo antes do anúncio oficial. Para bater o martelo, o petista deve ainda se reunir com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), responsável por pautar a indicação. 

Além da sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o indicado para a vaga de ministro do STF precisa de ao menos 41 votos no plenário. Alcolumbre, no entanto, tem articulado nos bastidores para que o escolhido de Lula seja o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). 

Em agosto, o ministro Gilmar Mendes afirmou ao jornal Folha de S.Paulo que “a Corte precisa de pessoas corajosas e preparadas juridicamente. E o senador Pacheco é o nosso candidato. O STF é jogo para adultos”. A manifestação ocorreu antes mesmo de Barroso confirmar publicamente que anteciparia sua aposentadoria. 

Pacheco, que é ex-presidente do Senado, é apontado como um nome que poderia angariar votos também na oposição. Alcolumbre vem acenando nos bastidores com mais de 60 dos 81 votos no plenário do Senado para consagrar logo Pacheco, muito acima dos 41 necessários, enquanto ministros do STF veem com simpatia a eventual indicação do senador.

Para um integrante do PL, porém, a nomeação do parlamentar derrubaria o palanque de Lula em Minas Gerais, já que o senador mineiro é o preferido do PT para disputar o governo estadual em 2026. 

Dentro do Planalto, o nome de Messias é apontado atualmente como “franco favorito” para a indicação de Lula. Assessores defendem que essa confirmação possa ser feita pelo presidente até o fim de outubro, antes de viagens internacionais. 

Apesar disso, interlocutores admitem que o petista possa adiar a decisão caso a pressão política aumente. Nesta semana, Lula disse que iria “conversar com muita gente do governo para tomar uma decisão sobre quem vai mandar para ser convocado pelo Senado”. 

“As pessoas acham que podem decidir pelo governo. Indicar um ministro ou ministra da Suprema Corte é uma tarefa eminentemente do presidente da República”, afirmou Lula, na terça-feira, ao retornar ao Brasil após visita à Itália.

 

Informações da Gazeta do Povo

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