12 de Junho de 2025

Antes de recuar e levar decisão sobre cassação de Carla Zambelli ao Plenário, Hugo Motta foi cobrado por deputado: “Resgate a força da Câmara”

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), recuou de sua posição inicial e anunciou nesta terça-feira (10) que a decisão sobre a perda do mandato da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) será submetida à votação do plenário da Casa. A mudança ocorreu após cobranças em plenário, especialmente do deputado André Fernandes (PL-CE).

Fernandes, vice-líder da oposição, expressou seu “sentimento de ter sido enganado” por Motta, a quem votou em fevereiro para a presidência da Câmara. Ele exigiu que “se a Deputada Carla Zambelli, ou qualquer que seja o deputado, seja cassada, traga para decidir aqui em plenário. E que os deputados coloquem a sua digital na cassação, na perda de mandato, como fizeram com o Daniel Silveira.” O deputado criticou a ideia de “simplesmente acatar a decisão”, chamando-a de “um chute na cara do presidente, é um chute na cara dos parlamentares e é um chute também na cara da oposição”.

Em resposta, Hugo Motta declarou que não age “no grito” e que não seria influenciado por insinuações. No entanto, ele confirmou a mudança de postura: “Com relação ao cumprimento da decisão acerca do mandato, darei o cumprimento regimental. Vamos notificar para que ela possa se defender e a palavra final será a palavra do plenário.”

“Confusão na Avaliação” e Bloqueio de Vencimentos

Motta justificou sua mudança de posição, que havia afirmado na segunda-feira (9) que não cabia mais a ele colocar o tema em votação. “Houve uma confusão, uma precipitação da minha avaliação”, afirmou. Ele esclareceu que a notificação recebida do Supremo Tribunal Federal (STF) se referia especificamente ao bloqueio da remuneração da deputada, e não à sua prisão. “Eu não fui notificado sobre a prisão, por isso não a trouxe ao Plenário. Fui notificado sobre o bloqueio dos vencimentos”, disse Motta.

Apesar da pressão, o presidente da Câmara defendeu a prerrogativa do legislativo: “O Plenário é que tem a legitimidade desta Casa e ele decide para onde a Casa vai. Ele é soberano e está acima de cada um de nós.”

O líder do PT, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), por sua vez, criticou a deputada Zambelli, afirmando que ela “optou por fugir.” “Ela não teria a prisão decretada se ela estivesse aqui”, disse Farias, defendendo que não é justo pressionar o presidente Motta sobre o tema.


Informações da Gazeta Brasil / Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

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