23 de Janeiro de 2025

Militares impedem prisão de presidente afastado da Coreia do Sul

Militares, agentes da segurança pessoal e apoiadores de Yoon Suk-yeol, presidente suspenso da Coreia do Sul e integrante do Partido do Poder Popular, impediram sua prisão, que seria realizada nesta sexta-feira (03), ainda quinta-feira (02) no Brasil.

A ação foi organizada pelo Escritório de Investigação de Corrupção para Altos Funcionários (CIO), que enviou agentes à residência presidencial nas primeiras horas do dia para executar o mandado de prisão aprovado pela Justiça sul-coreana na última terça-feira (31), em razão da lei marcial decretada no início de dezembro.

Ao chegarem ao local, os agentes encontraram resistência de mais de mil apoiadores de Yoon, incluindo militares e integrantes da segurança pessoal do presidente suspenso, que bloquearam a entrada na residência. Os manifestantes entoavam palavras de ordem classificando o mandado de prisão como “ilegal” e “completamente inválido” e pediam a prisão dos agentes do CIO.

Apesar de apresentarem o mandado de prisão e uma ordem de busca na residência, os agentes foram impedidos de entrar pelos seguranças. Enquanto isso, os advogados de Yoon, Yun Gap-geun e Kim Hong-il, foram vistos entrando na casa. Após cinco horas de tentativas frustradas, os investigadores deixaram o local. Em comunicado, o CIO declarou que considerou inviável executar o mandado devido ao enfrentamento constante e destacou preocupações com a segurança dos agentes. O órgão lamentou a falta de cooperação do presidente suspenso, que teria se recusado a cumprir os procedimentos legais.

O CIO tem até a próxima segunda-feira (06) para cumprir o mandado. No entanto, segundo a agência Yonhap, o órgão avalia que novas tentativas podem ser frustradas, especialmente no fim de semana, quando a mobilização de apoiadores deve ser maior. A execução do mandado na segunda-feira também é considerada arriscada devido à proximidade do prazo final.

Yun Gap-geun, advogado de Yoon, prometeu medidas legais contra o mandado, que considera “ilegal” e “inválido”. Ele argumentou que a execução de um mandado sob essas condições viola as leis e afirmou que, enquanto os procedimentos de objeção estão em andamento na Corte Constitucional, a equipe jurídica tomará ações contra a ordem de prisão. Paralelamente, a defesa de Yoon entrou com um pedido de suspensão do mandado na Corte Constitucional e uma objeção separada na Corte de Seul, responsável pela autorização inicial.

Yoon Suk-yeol é acusado de incitar rebelião e abuso de poder devido à decretação da lei marcial. O mandado de prisão, emitido em 30 de dezembro, permite que a polícia o mantenha detido por até 48 horas, prazo no qual os investigadores deverão decidir pela solicitação de um novo mandado ou pela liberação do presidente suspenso.

A acusação de rebelião é uma das poucas sobre as quais o presidente não possui imunidade na Coreia do Sul. Além disso, Yoon enfrenta um processo de impeachment, aprovado em 14 de dezembro pelo Parlamento e atualmente sob análise da Corte Constitucional.

Whatsapp

Galeria

Bahia Farm Show apresenta exposição fotográfica sobre as belezas do Oeste da Bahia
Exposição aproximará startups agrícolas de investidores privados
Ver todas as galerias

Artigos