Cantor de banda de rock afirma que é homem novamente, 11 anos após se assumir como mulher trans
A vocalista da banda de rock Life of Agony, Mina Caputo, anunciou que está iniciando um processo de “de-transição” para viver como homem novamente. Aos 50 anos, Caputo revelou que está retomando seu nome original, Keith, pois acredita que sua disforia de gênero foi curada.
Em um vídeo publicado no Instagram, o cantor compartilhou: “A cirurgia já foi agendada para a remoção dos meus seios falsos, e eu viverei carinhosamente como meu verdadeiro eu masculino”, declarou, afirmando estar em paz com sua decisão.
Caputo iniciou sua jornada de transição de gênero em 2008, quando passou a se identificar como Mina, e fez sua declaração pública sobre ser transgênero em 2011. No entanto, ele explicou que a decisão de reverter essa transição foi motivada pela sensação de que, ao longo dos anos, superou a disforia de gênero que o acompanhava. “Passei muitos anos nesse processo. Foi difícil, mas finalmente entendi minha alma e meu espírito. Hoje, estou curado da disforia de gênero”, completou o cantor.
O cantor explicou que está há mais de seis anos sem tomar hormônios e que a cirurgia para a remoção dos seios está marcada para janeiro de 2025. “Este será o ano em que estarei fisicamente completamente de-transicionado”, disse Caputo. “Mal posso esperar. Eu me sinto tão livre”, afirmou, visivelmente emocionado.
Alan Robert, baixista e cofundador da banda Life of Agony, demonstrou apoio ao amigo nos comentários do vídeo, escrevendo: “Orgulhoso da sua jornada e da sua honestidade crua. Sempre estarei aqui para você, não importa o que aconteça. Não somos parentes por sangue, mas somos uma verdadeira família”.
Embora os casos de de-transição ainda sejam raros, o número de pessoas que estão passando por esse processo tem aumentado, especialmente após o crescimento do debate sobre questões trans nos últimos anos. Recentemente, uma jovem de 20 anos, Cristina Hineman, acusou a organização Planned Parenthood de apressá-la a iniciar a transição de gênero quando tinha 18 anos. Hineman afirmou que foi induzida a fazer uso de testosterona sem um acompanhamento adequado e agora vive com efeitos permanentes, como crescimento de pelos no rosto e mãos, e um aumento permanente de seu clitóris, o que a deixou com desconforto constante.
Em sua experiência, Hineman se uniu a outros jovens que entraram com ações legais contra instituições de saúde, alegando negligência médica no tratamento de transição de gênero. Especialistas sugerem que o apoio psicológico adequado, aliado ao suporte familiar, pode ajudar a reduzir o arrependimento e os casos de de-transição.
“Estou muito orgulhoso de mim mesmo”, afirmou Caputo. “Passei por tantas dificuldades ao longo dos anos. Não desejo a disforia de gênero ao meu pior inimigo. Foi uma das coisas mais desconfortáveis que já vivi, e estou tão feliz que isso finalmente acabou”, concluiu, visivelmente aliviado.
Informações da Gazeta Brasil / Reprodução
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