Durante reportagem na CBN, nesta terça-feira (16), o antropólogo e presidente da Academia de Letras da Bahia, em Salvador, Ordep Serra, comentou sobre a sucessão de arrombamentos que a instituição vem sofrendo. O último foi na madrugada da sexta-feira (12), mas ganhou repercussão apenas a partir do relato do presidente da instituição.

Segundo relatos de Ordep, a situação está se tornando costumeira e ele destacou a falta de atenção do poder público quanto ao monumento histórico, que sofre com os frequentes furtos. “Neste ano, tivemos umas três tentativas de assalto, que foram frustradas, o que significa que há uma intenção sistemática, né, de atacar esse belo monumento, e, aliás, está sendo tombado tanto pelo Estado como pelo município, porque a história do Brasil passou por aqui”, disse o antropólogo.

Ordep também ressaltou que os furtos na região da Joana Angélica são frequentes e que, inclusive, chegou a procurar a Secretaria de Segurança Pública pedindo socorro. “Eu fui diretor do IPAC (Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia), há mais de 40 anos atrás, houve furtos no Solar do Ferrão. Eu fui ao Secretário de Segurança Pública e ele colocou um detetive especialmente para estudar a situação. Houve uma investigação e os furtos cessaram.”

Em outro episódio de furto ao local, segundo Ordep, policiais militares teriam detido o suspeito, porém, segundo ele, os militares afirmaram que o meliante não ficaria detido por muito tempo. “A instrução de impunidade estimula o meliante e é isso que está acontecendo, nada acontece, nenhuma providência mais séria é tomada, eles estão sendo encorajados e estimulados a delinquir novamente, e quem sofre com isso é o patrimônio da Bahia”, afirmou. Procurada pela reportagem da CBN, a Secretaria de Segurança Pública afirmou que vai determinar que a polícia militar amplie o patrulhamento na região e que a polícia civil.

Foto: Reprodução