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'Se o PSDB apoiar Jerônimo, eu saio do partido', avisa Tiago Correia

'Se o PSDB apoiar Jerônimo, eu saio do partido', avisa Tiago Correia

Por Redação

28/10/2025 às 17:25

Atualizado em 28/10/2025 às 19:13

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Foto: Divulgação

O presidente do PSDB na Bahia e líder da oposição na Assembleia Legislativa, Tiago Correia, afirmou não acreditar em um rompimento do partido com ACM Neto (União Brasil), mas deixou claro que, se a legenda decidir integrar a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT), ele deixará o partido.

“Eu não visualizo esse caminho, mas o dia de amanhã só Deus saberá”, ponderou o deputado, em entrevista à CBN Salvador. “Se esse coletivo chegar amanhã e disser: ‘vamos apoiar Jerônimo’, eu saio. Não permaneceria no PSDB. Não me vejo em um projeto desses”, completou o parlamentar, que confirmou ser candidato à reeleição em 2026.

A declaração foi dada em resposta às especulações sobre o futuro do PSDB, após insatisfações internas e acenos do presidente da Câmara Municipal de Salvador, Carlos Muniz, ao governo estadual — tema tratado em coluna recente do Blog do Vila.

“Nada de anormal, é do jogo político”

Tiago reconheceu que há atritos pontuais na oposição, mas minimizou a gravidade das insatisfações. “Esses problemas precisam ser colocados na mesa e discutidos. Isso é normal em qualquer grupo político. Acontece dentro do PT, do PSD, em todo lugar. Afinal, a política é uma gincana, onde os nossos concorrentes são nossos amigos”, avaliou.

O deputado citou ainda desentendimentos locais envolvendo aliados, como o caso de Jordávio Ramos, em Juazeiro, e a prefeita Sheila Lemos, em Vitória da Conquista, mas classificou os episódios como “problemas pontuais e contornáveis”.

Críticas ao governo estadual

Ao justificar sua rejeição a uma eventual aliança com o PT, Tiago Correia fez críticas duras ao grupo que governa a Bahia há quase duas décadas. “A Bahia é campeã nacional do desemprego, tem o maior número de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza e o maior índice de analfabetismo do país”, disse.

O parlamentar também criticou o programa Bahia Sem Fome e os resultados da educação estadual. “O governador diz que nunca se investiu tanto em educação, mas somos o terceiro pior estado do país. Diz que nunca se investiu tanto em segurança, e a Bahia é o estado mais violento do Brasil. Nós temos 46% da população baiana vivendo abaixo da linha da pobreza. São quase 7 milhões de pessoas que recebem menos de R$ 667 por mês. É o maior número de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza. Um milhão e 300 mil pessoas vivem com menos de R$ 221 na Bahia. De cada 100 crianças baianas, 77 vivem a pobreza em alguma das suas dimensões. Ou trabalho infantil, ou na educação, ou na alimentação. Quatro em cada 10 lares da Bahia, 40%, tem algum tipo de insegurança alimentar”, concluiu.

Relatório recente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) apontou que 90 dos 417 municípios baianos não receberam nenhuma ação concreta vinculada ao programa. 

 

Informações do Blog do Vila

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