
“Desvios, eu nunca fiz na minha vida”, afirma Carlos Lupi na CPMI do INSS
Por Redação
08/09/2025 às 20:00
Atualizado em 08/09/2025 às 20:26

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Em depoimento à CPMI do INSS, nesta segunda-feira (8), o ex-ministro da Previdência Carlos Lupi (PDT) negou envolvimento em irregularidades no órgão e rejeitou a acusação de ter acobertado os desvios nos descontos de aposentados e pensionistas. Fora da pasta desde maio, Lupi afirmou que espera a prisão dos responsáveis pelo esquema.
“Eu não tenho qualquer condenação do Poder Judiciário. Desvios, eu nunca fiz na minha vida. Não acobertei nada ou fui conivente. Espero que todos os servidores do INSS que foram coniventes com as fraudes sejam presos. Estou neste colegiado como colaborador, fui convidado e não convocado”, declarou.
O presidente do PDT é um dos principais alvos da comissão parlamentar, já que esteve à frente do ministério nos anos de 2023 e 2024, período em que os descontos associativos indevidos se multiplicaram.
No início do depoimento, Lupi relatou o período em que comandou a pasta no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele destacou que as associações ligadas ao instituto apresentaram demandas em março de 2023 e que, segundo ele, todas foram encaminhadas ao INSS para análise.
“Como eu fiz em tudo o que eu recebi sobre o INSS, despachei imediatamente para a presidência da instituição, para a autarquia independente, autônoma, o Instituto Nacional da Seguridade Social, para as providências cabíveis”, explicou.
Questionado sobre nomeações políticas, o ex-ministro afirmou que nunca indicou alguém por pressões externas. Ele foi perguntado sobre Agroaldo Portal, ex-secretário da Previdência, que teria se reunido com o chamado “careca do INSS”, apontado pelas investigações como operador financeiro do esquema.
Lupi negou conhecimento prévio da reunião. “Eu não tive ciência do encontro entre os dois quando estava no ministério. Soube depois pela imprensa”, disse.
O ex-ministro deixou o cargo em maio de 2025, após a deflagração da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, que revelou o escândalo de desvios em pagamentos de aposentados e pensionistas.
A convocação de Lupi foi requerida pelo relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), que justificou a necessidade de ouvir o ex-ministro por considerar que ele “detém informações imprescindíveis” para o esclarecimento do caso. Segundo o parlamentar, a intenção é “compreender as falhas sistêmicas que permitiram a ocorrência e a perpetuação dos descontos indevidos”.

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