17 de Maio de 2024

Operação no Guarujá: Não existe combate ao crime sem efeito colateral, diz Tarcísio

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), confirmou nesta terça-feira (1º) que o número de mortos na Operação Escudo da Polícia Militar (PM) no Guarujá subiu para 14. A operação foi deflagrada em resposta ao assassinato de um soldado da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), tropa de elite da PM. O soldado Patrick Bastos Reis, de 30 anos, foi morto com um tiro dentro da viatura enquanto patrulhava uma comunidade no Guarujá na noite da última quinta-feira (27).

Tarcísio afirmou que irá investigar eventuais excessos cometidos pela Polícia Militar durante a operação realizada no litoral do estado. Ele ressaltou que todas as condutas serão investigadas e que os responsáveis por eventuais excessos ou falhas serão punidos.

“Tudo está sendo investigado. A gente não vai se furtar a investigar nada. Todas as condutas vão ser investigadas. Se houver excesso, se houver falha, nós vamos punir os responsáveis”, disse Tarcísio.

O governador destacou que o comandante-geral da Polícia entrou na comunidade junto com os policiais para coibir excessos e garantir o cumprimento da lei durante a operação. Ele também enfatizou que o combate ao crime muitas vezes gera efeitos colaterais e que não é possível combater o crime sem enfrentar reações.

“O comandante-geral da Polícia entrou na comunidade junto com os policiais justamente para coibir excessos, para fazer com que a lei seja cumprida, para conduzir a operação. Estamos fazendo isso com muita responsabilidade”, disse. “Não existe combate ao crime sem efeito colateral.”

“Quem é que vai subir numa área dominada pelo crime e vai ser recebido de uma forma amistosa? A polícia não quer o confronto, isso não interessa para ninguém. Quando você faz uma asfixia em um local, você tem uma reação. Isso significa que a operação está gerando incômodo, que está prejudicando o ‘business’. Nós não queremos o combate, mas também não vamos nos curvar ao crime”, disse Tarcísio.

O Ministério Público do Estado de São Paulo anunciou que vai investigar a atuação da Polícia Militar durante a Operação Escudo. O procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo, designou três promotores da Baixada Santista para, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública (Gaesp), analisar as ações da Polícia Militar nesse episódio.

 

Informações da Jovem Pan / Foto: Marcelo S. Camargo / Governo do Estado de SP

Whatsapp

Galeria

Bahia Farm Show apresenta exposição fotográfica sobre as belezas do Oeste da Bahia
Exposição aproximará startups agrícolas de investidores privados
Ver todas as galerias

Artigos