A reforma tributária está em discussão na Câmara dos Deputados e tem gerado controvérsias em diversos setores. Recentemente, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) apresentou um estudo ao ministro Fernando Haddad destacando que os impostos sobre os produtos da cesta básica podem aumentar em até 59,83%.

De acordo com os dados, a região Sul do país será a mais afetada, com um aumento médio de 93,5% nos preços. O estado do Paraná será o mais impactado, com uma alta de 161,3% nos impostos, seguido por Alagoas com 130,4%.

O relatório do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) propõe que os produtos da cesta básica, que atualmente são isentos de impostos, passem a ter uma alíquota de 50% da alíquota padrão do futuro imposto agregado.

Essa proposta recebeu críticas tanto do agronegócio quanto do setor varejista.

Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), os estados que devem sofrer mais com o aumento dos impostos sobre a cesta básica são:

– Paraná: 161,3%
– Alagoas: 130,4%
– Goiás: 90,4%
– Rio de Janeiro: 88,8%
– Minas Gerais: 81,4%
– Mato Grosso: 69,1%
– Amapá: 68,9%
– Espírito Santo: 66,7%
– Distrito Federal: 63,7%
– Rio Grande do Sul: 60,4%
– Ceará: 55,1%
– Amazonas: 54,1%
– Santa Catarina: 43,9%
– Mato Grosso do Sul: 43,8%
– Pará: 42%
– Maranhão: 40,4%
– Acre: 38,2%
– São Paulo: 36,8%
– Pernambuco: 36,5%
– Rondônia: 26,8%
– Bahia: 24,9%
– Rio Grande do Norte: 24,6%
– Tocantins: 23%
– Piauí: 17,4%
– Paraíba: 6,2%
– Roraima: -7,6%
– Sergipe: -19,5%

No entanto, o secretário Extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, diz que os números apresentados pela Abras estão incorretos. Appy disse que a conta feita pela Abras está equivocada e desinforma a população sobre o impacto de possíveis mudanças na cesta básica. “Fazendo a conta certa, o custo da cesta básica fica próximo do que é hoje”, afirmou.”