16 de Setembro de 2024

Marta Rodrigues sobre política de preços da Petrobrás: "precisa mudar urgente para atender a realidade brasileira

A vereadora Marta Rodrigues (PT) reforçou, nesta quinta-feira (13), a urgência da Petrobras em rever a política de preços que tem tornado os valores dos combustíveis incompatíveis não só com a realidade da renda da população brasileira, mas também com as características de produção do Brasil. 

Ela afirma que é preciso mobilizar pela agilidade na reforma do Conselho Representativo da empresa, capaz de mudar essa política.  “Não existe lei, mas o conselho estabeleceu isso. Antes disso,  lei das estatatais estabelece que tem que ser preço de mercado, sem dizer exatamente de que mercado”

Segundo ela, o modelo de paridade de importação adotado pelo governo Temer e mantido por Bolsonaro, é um golpe na população, pois não condiz com a realidade do Brasil, país que produz mais para consumo próprio, importando apenas 20% da sua produção, enquanto o modelo estabelece valor do produto acrescido de taxas , valor internalizado e custos de internalização como se fosse importado ou para importação. 
“Pagamos por um produto produzido e consumido aqui com valor de importação”. 

Para Marta, a política de preços é um escárnio, pois  nitidamente transfere riquezas nacionais para os acionistas minoritários da Petrobras, a maioria deles fundos estrangeiros que operam nas bolsas internacionais.. “Pagamos por um produto produzido e consumido aqui com valor de importado, o preço que a população paga é meramente especulativo, incoerente com a realidade”
Ela cita, por exemplo, a Acelen, pertencente ao grupo árabe, que privatizou a refinaria Landulpho Alves, e estabelece uma tabela de reajustes semanais seguindo este modelo. “A Ácelen que só vende noBbrasil, que não é importadora, a gasolina que ela produz e vende tem custos de importação que não existe”. 
Conforme a vereadora, a população paga um preço pelos combustíveis que é meramente especulativo e incoerente.  “Se a Opep decidir aumentar o barril, aumenta, mas se a moeda desvalorizar, aumenta também. Como temos a combionação do preço do produto com o preço da moeda,  a operação vai ser sempre para o aumento”, acrescentou. 
De acordo com Marta Rodrigues, a sociedade organizada, os sindicatos, e as associações tem feito um debate muito amplo sobre a importância da Petrobras reformar seu Conselho Administrativo “Este momento é crucial para pressionarmos para que ela volte a ser uma empresa estatal compromissada com o desenvolvimento econômico e social do povo brasileiro, pois ela é fundamental na promoção de dignidade, cidadania e direitos humanos, em promover renda, melhoria de vida e combate a fome e a pobreza”, disse, fazendo coro ao presidente da Aepet-Ba Marcos André.  

Salvador – Um movimento também tem se formado para trazer de volta a Petrobras para Salvador. O presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras – Núcleo Bahia (Aepet-Ba), Marcos André, defendeu a manutenção da Petrobras na Bahia e frisou que a saída da empresa de Salvador gerou diversos prejuízos.  “Quem defende Salvador e a geração de empregos e salários dignos precisa defender a manutenção da Petrobras. É uma tarefa de todos que querem o bem da cidade e do estado”, declarou. 
Segundo Marcos André, dizer que na Bahia ter as ações da Petrobras significa recolhimento de tributos aos municípios, a universidade da Petrobras, o Cofic, o conjunto Pituba que conseguia juntar todas as atividades da Petrobras na Bahia numa única sede com estimativa de 10 mil empregados  "esses empregos seriam para Salvador”, declarou.

Whatsapp

Galeria

Bahia Farm Show apresenta exposição fotográfica sobre as belezas do Oeste da Bahia
Exposição aproximará startups agrícolas de investidores privados
Ver todas as galerias

Artigos