04 de Maio de 2024

Governo intensifica pressão para barrar CPMI do 8 de janeiro

Aliados do governo Lula intensificaram nos últimos dias a pressão para barrar a instauração da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro. De autoria do deputado federal André Fernandes (PL-CE), o pedido da comissão foi protocolado na terça-feira 28, com a adesão de 189 deputados e 33 senadores. 

Ainda na terça-feira, o líder do PT na Câmara, deputado Zeca Dirceu (PT-PR), afirmou que está fazendo um esforço “muito grande” para convencer aqueles parlamentares que assinaram a CPMI “de forma desavisada” a retirar seu apoio em tempo. Zeca ainda disse que trabalha com a ajuda do deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Casa.

Até o momento, a ostensiva do governo resultou no recuo de dois deputados: Célio Silveira (MDB-GO) e Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ). Ambos retiraram as assinaturas na quarta-feira 1°. No mesmo dia, a CPMI ganhou o apoio de outros dois senadores: Lucas Barreto (PSD-AP) e Dr. Samuel Araújo (PSD-RO).

O número de deputados que aderiram à comissão também aumentou, mas o autor da proposta decidiu não divulgar os nomes. Fernandes teme que o lobby do governo chegue até os parlamentares.

“O governo está procurando um a um para retirar as assinaturas”, explicou o deputado cearense. “Como sou o propositor, apenas eu tenho acesso. Vou trabalhar nos bastidores e ficar nessa queda de braço com o governo até o dia da sessão conjunta. Que o governo fique na dúvida.”

O objetivo da comissão é apurar os responsáveis pelos atos de vandalismo registrados nas sedes dos Três Poderes. A CPMI quer investigar se houve leniência do governo com quem destruiu os prédios públicos.

 

Informações da Revista Oeste / Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

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