Ministério Público vai reavaliar prestação de contas de ministro de Lula
O Ministério Público Eleitoral (MPE) no Maranhão vai reanalisar a prestação de contas da campanha do ministro das Comunicações de Lula, Juscelino Filho. A decisão dos procuradores de fazer um pente-fino nas despesas do então candidato a deputado pelo União Brasil ocorre após revelações de que ele prestou informações falsas à Justiça para justificar despesas com voos de helicóptero. A reportagem foi publicada pelo jornal Estado de S.Paulo, na terça-feira 31.
A lista de passageiros apresentada pelo ministro incluía um casal e a filha de dez anos, de São Paulo. A família disse que não conhece Juscelino nem trabalhou para ele. Os três aparecem em 23 supostos deslocamentos de helicóptero, de um total de 77, pagos com dinheiro público do Fundo Eleitoral. O ministro disse ter gastado R$ 385 mil com uma empresa de táxi aéreo. Ao todo, Juscelino Filho gastou R$ 2,8 milhões na sua campanha à reeleição.
Mais denúncias
Segundo o MPE, o então candidato utilizou outros R$ 180 mil relacionados ao pagamento de despesas contraídas após as eleições. Conforme a Promotoria, a nota foi emitida em 25 de outubro. As eleições para o Legislativo ocorreram em 2 de outubro, por isso, o MPE cobra o ressarcimento do valor pago em material de campanha.
“Constata-se que se refere à produção de material gráfico da campanha de 2022, tendo sido lançada na prestação de contas como data da realização da despesa a mesma da emissão da nota fiscal”, explicou o procurador regional eleitoral Hilton de Melo. As contas de Juscelino já tinham sido aprovadas, com ressalvas, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão. Entretanto, o Ministério Público insistiu que havia irregularidade e apresentou um recurso especial à decisão do plenário do TRE.
Informações da Revista Oeste / Foto: Reprodução/Agência Brasil
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